Diversão e Arte

'Bowie traz uma sinceridade comovente', diz ator de Lazarus

Agência Estado
postado em 02/06/2019 07:10
O diretor Felipe Hirsch conta que ficou emocionado com o teste feito por Jesuíta Barbosa para definir o elenco. "Eu buscava um ator que, ao cantar, unisse também o trabalho de atuação. E Jesuíta me encantou." Sobre o desafio, o ator conversou com o jornal O Estado de S. Paulo. Como é sua relação com o teatro musical? Sempre gostei desse assunto, via muitos espetáculos em Fortaleza. Até participei de uma montagem de Hairspray, mas em menor escala. Ali percebi que a música favorece uma animação cênica. E ainda tem a exigência da técnica, o que é bom para qualquer ator. Como você se prepara? Fiz aulas de canto, especialmente durante a gravação da série Onde Nascem os Fortes, em que meu personagem, Ramirinho, se transforma Shakira do Sertão e grava um videoclipe. Tive de estudar durante três meses para poder cantar. E o que você espera do aspecto musical de Lazarus, com as canções de Bowie? Bom, quem conhece o Felipe sabe que ele não trabalha com formato fechado - sempre traz uma dramaturgia original. O mesmo acontece com as diretoras musicais, a Maria (Beraldo) e a Mariá (Portugal): elas têm um trabalho arrojado, independente, experimental. É um conceito que combina bem com o trabalho de David Bowie, que não é nada engessado. Aliás, como você analisa o trabalho dele nesse musical? Bowie apresenta aqui uma sinceridade comovente, algo comum em sua vida - ele sempre foi sincero. No musical, ele parece se colocar como um extraterrestre para mostrar uma espécie de despertencimento, o que possibilita que ele tire os pés da Terra e se questione sobre passado e futuro. E também permite um embate com temas religiosos, especialmente os delicados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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