Diversão e Arte

Fernando Deluqui, do RPM, desmente informação da morte de Paulo Pagni

A notícia do falecimento havia sido publicada neste domingo (2/6) na página oficial da banda

Augusto Fernandes
postado em 02/06/2019 14:13

Paulo Pagni, baterista do RPM

Fernando Deluqui, guitarrista do RPM, publicou, neste domingo (2/6), um vídeo para desmentir a informação divulgada pela banda nas redes sociais de que o baterista Paulo Pagni, P.A., 61 anos, havia morrido na noite de sábado (1;). De acordo com o músico, a notícia foi dada a ele por uma clínica de Salto (SP), onde P.A. estava internado.

"Entraram em contato comigo falando que ele havia falecido. Eu fiquei muito triste e quis confirmar com o médico, que tem passado diariamente o prontuário para mim. E através do Dr. Alex Felipe Coutinho obtive a confirmação de que ele havia falecido. (...) Nos encaminhamos para o Hospital São Camilo, quando tivemos uma notícia surpreendente de que o P.A. estava vivo. Para o nosso alívio", afirma no vídeo.

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Por conta da publicação nas páginas oficiais do RPM, veículos de comunicação, como o Correio Braziliense, noticiaram erroneamente a morte de P.A. "Infelizmente temos a tristeza de anunciar o falecimento do nosso querido e eterno baterista. Pedimos a compreensão de todos nesse momento de dor e boas vibrações para que sua passagem seja em paz e com muita luz", escreveram os demais integrantes da banda ; Fernando Deluqui, Dioy Pallone e Luiz Schiavon ;, que mais tarde deletaram a publicação.

P.A. está internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora Monte Serrat ; administrado pela Rede de Hospitais São Camilo ;, em Salto. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade de saúde, o estado do músico é grave, mas estável. O baterista luta contra uma fibrose pulmonar.

Por meio de nota, a assessoria comunicou que nenhuma informação do estado de saúde de qualquer paciente é dada antes de se contactar a famíla, e que, em nenhum momento, o hospital confirmou a morte de P.A. "Apenas a assessoria de comunicação e a diretoria administrativa do Hospital são responsáveis por qualquer boletim. Oficialmente, nada foi divulgado anteriormente a essa nota", diz o texto.

Trajetória

Pagni fez aniversário no último sábado. O baterista entrou para o RPM em 1984, após convite do vocalista Paulo Ricardo. Em mais de três décadas de idas e vindas da banda, participou da confecção de três álbuns de estúdio, dois álbuns ao vivo, um DVD, dentre outros trabalhos artísticos. Com o disco Rádio Pirata Ao Vivo, de 1986, Pagni atingiu o auge com as baquetas do RPM: 3,7 milhões de cópias do disco foram vendidas, o que fez o grupo musical se transformar na banda de maior vendagem da indústria fonográfica nacional até então.

Na internet, antes da confirmação da notícia de que Pagni não havia morrido, Paulo Ricardo havia se despedido do baterista, ao dizer que ele "personificou como ninguém o espírito do rock;n;roll". "Intenso, incansável, onipotente, superlativo, um super-herói sem superpoderes, um garoto inquieto que quando conheci tocava em nada menos que cinco bandas", detalhou.

No texto, Paulo Ricardo ainda lembrou que Pagni "era incrivelmente musical" e que "nada parecia afetá-lo". "Fica a lembrança de um grande irmão, grande baterista, de enorme musicalidade, amante da natureza e dos animais e sem dúvida nenhuma um dos caras mais rock;n;roll que o Brasil já conheceu, e que deve ser lembrado assim, em sua melhor forma", afirmou. "Descanse em paz, Gnomo, na mágica floresta do rock", finalizou o ex-vocalista do RPM, que também excluiu o texto após a morte de Pagni ser negada.

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