Diversão e Arte

O xenhenhém de Afonso Gadelha

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 04/06/2019 04:27
Afonso Gadelha: parcerias com compositores da cidade


Afonso Gadelha tem envolvimento com a música desde a infância. Aos 4 anos tocava triângulo num grupo formado pela irmã Glorinha Gadelha e mais dois irmãos, no Cine Moderno, em Sousa, no interior da Paraíba. Aos 8 se mudou com a família para João Pessoa, onde vivia cercado por músicos, entre eles o primo Zé Ramalho, Vital Farias, Elba Ramalho e Cátia de França ; antes de os quatro se tornarem artistas famosos reconhecidos no país.

Músico profissional há quase 40 anos, o cantor, compositor e instrumentista lançou recentemente o CD Na base do xenhenhém, com direito a show no Espaço Cultural do Choro. A música que marcou o início da carreira de Gadelha foi Cidade de Conde, que teve como intérprete a cantora Teresinha de Jesus. ;À época, eu ainda morava em João Pessoa, cantava em barzinhos, participava de festivais com músicas autorais;, lembra. ;Aos 21 anos fui morar no Rio de Janeiro, com Glorinha, que estava casada com Sivuca. Ela o conheceu em Nova York, onde ela fazia pós-gradução em medicina e estágio numa clínica de cirurgia plástica;, acrescenta.

No Rio, Afonso Gadelha deu continuidade ao trabalho de compositor. ;Foi um período fértil. São daquela fase músicas como Músicos e poetas, Feliz pro ano inteiro, Onça Caeatana e Quadrilha do Bacurau, que passaram a fazer parte do repertório de Sivuca. Elba gravou o xote Amor é lindo. Tenho algo em torno de 100 composições;.

Discografia

Em 1989, quando estava vindo morar em Brasília, Gadelha gravou Pra nunca mais esquecer, o primeiro disco. Depois vieram outros cinco. Na base do xenhenhém é o sétimo título de sua discografia. O repertório, com nove faixas, tem parcerias do músico com Climério Ferreira, Túlio Borges,Wagner Malta, Jessier Quirino, Vicente Sá e Daniel Sobreira, e traz músicas como Mulher tipo Marie Claire, Nã, Tentação, A franja do cão, Panela quente, O tisiu, Enxerida no contexto e Vem não.

Daniel Sobreira, além de parceiro, é produtor do disco, cujo nome foi uma sugestão de Túlio Borges. Nos acompanhamentos, Afonso Gadelha contou com os mesmos músicos que vão dividir a cena com ele no show. ;Estar no palco do Clube do Choro, um espaço em que a música de qualidade é tratada com respeito, é um privilégio para todo artista; afirma.

Estar no palco do Clube do Choro, um espaço em que a música de qualidade é tratada com respeito, é um privilégio para todo artista;

Afonso Gadelha, compositor

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