postado em 03/07/2019 04:08
Lua chorosaÓ! Lua, nova ou cheia,
Encantadora, poderosa, soberana,
Triunfal princesa da minha cabana
Que entra pela janela, orienta e clareia
Os caminhos tortuosos da minha aldeia,
És minha irmã gêmea, quase siamesa.
Tu que sempre foste tão bela, tão formosa,
Por que hoje estás tão chorosa?
Alegra-te, abraçando a Mamãe Natureza.
O teu clarão emprestado, a tua beleza,
Provêm da nossa mãe virgem,
Coerente, sem laivo de culpa, sem fuligem,
Permanentemente adornada, multicolorida,
Com ramalhetes, mas sempre brava, aguerrida,
Dando aos filhos leite e mel, desde a origem.
Nos rios, nos campos selvagens,
Ou nos oceanos, esplendorosa imagem,
Proliferam variegadas espécies. Peixe a granel.
Ah! Já sei, a causa de tua tristeza
Decorre da demência que destrói a Natureza,
Trazendo o tormento que inferniza o nosso céu.
É preciso estancar essa fúria assassina!
Faz-se mister preservar a nossa água cristalina,
E restabelecer o vergel.
Para nossa mãe, peçamos socorro agora,
Objetivando o amanhã e nova aurora. (;)
Romão C. Oliveira