postado em 11/07/2019 04:07
Como e quando os integrantes do grupo se conheceram?
Nos conhecemos em 1998, no ano em que nasceu a Falamansa. Cada um de nós já trabalhava no meio, produzindo eventos de forró, mas ninguém tinha banda.Convidei o Alemão para tocar comigo num festival da minha faculdade, e ele convidou o Dezinho. Aí, chamamos o Valdir, que já fazia parte do cenário do forró .
E quando foi que surgiu a ideia de formar uma banda?
Foi uma ideia que nasceu somente para um festival. Inscrevi-me com a música Asas e chamei os meninos. Logo depois do festival, que pegamos o segundo lugar, resolvemos ensaiar um repertório. E os ensaios começaram a encher de curiosos, e acabou virando uma balada.
A formação da banda é a mesma desde de o início?
Sim, desde o início, temos a mesma formação e o mesmo objetivo.
Quem são as inspirações de vocês?
Luiz Gonzaga e Dominguinhos, os trios De forró como Virgulino, Nordestino, Os 3 do Nordeste, os grandes mestres que levaram o forró para a MPB como Gil, Caetano, Elba, Alceu e Zé Ramalho e , particularmente, aqueles que usam da música para passar boas mensagens como Bob Dylan , Bob Marley, Gonzaguinha e outros...
Quais foram os shows que mais marcaram o grupo?
Acredito que todas as turnês de São João são muito marcantes, pois nos inserem dentro da tradição e da cultura brasileira. Um show muito marcante foi também no Festival de Montreux, onde tocamos ao lado de grandes figuras da música mundial como Yes, Jamiroquai e Maria Bethânia.
Vocês conhecem alguma história que foi embalada pelas músicas de vocês?
Várias! Quanto mais o tempo passa, encontramos casais que se conheceram através da nossa música e hoje passam esse carinho pela banda aos filhos. Isso não tem preço e é fruto da nossa persistência e fidelidade. Além disso, muitas histórias de superação também fazem parte da nossa carreira. Pessoas que encontraram na nossa música motivação para sair de dificuldades e, principalmente, da depressão.
Qual é a música xodó do grupo e por quê?
Gosto muito de Asas, porque foi a música que nos uniu. A primeira que tocamos juntos. Escrevi num momento muito inspirado da minha vida e é parte fundamental da nossa história.
As músicas têm histórias especiais por trás? Como é o caso Xote dos milagres, que a Jout Jout descobriu que é sobre a mãe do Tato?
Sem dúvida, quando escrevo algo não é para mim, é para os outros. Faço música para levar energia boa para os outros. Sempre penso em algo que faça com que as pessoas cantem e se sintam melhores. É que não limite ninguém de ouvir. Mas essa história de Xote dos milagres ser para a minha mãe foi fruto da imaginação fértil da Jout Jout! Fiz essa música para fazer as pessoas acreditarem nas causas impossíveis, para ajudar nas adversidades como motivação.
Já são 21 anos da banda e a maior parte deles sendo grande sucesso nacional. Como vocês justificam isso?
Acredito que temos o mesmo objetivo desde o início e essa persistência, sem desviar o caminho para atender a demanda do mercado, fez com que nos tornássemos referência no nosso estilo. E isso só acontece depois de muito tempo. Em qualquer profissão, quando você passa de 20 anos, fazendo exatamente a mesma coisa, vira referência naquilo. E o segredo das grandes empresas de tradição.
Qual será o repertório do show hoje? Tem foco num álbum ou serão os sucessos?
São só sucessos da carreira e grandes clássicos do forró. É um show feito pras pessoas cantarem do início ao fim. Com certeza, o show mais participativo da história da banda.
Qual a relação da Falamansa com Brasília? O público sempre foi fiel?
Brasília até hoje tem a maior concentração de fã clubes da Falamansa de todo o país e de longe é o lugar em que mais nos apresentamos fora do eixo Minas-São Paulo. Hoje, depois de tantas apresentações em BSB, criamos grandes amizades por aí e não consigo me lembrar de um show em Brasília que não estava lotado! Temos uma gratidão imensa que sempre fazemos questão de demonstrar através das nossas apresentações.