postado em 11/07/2019 04:07
Nos últimos anos, houve uma reviravolta na cena do funk com a explosão do canal do YouTube Kondzilla, mostrando ao país o som e o conceito do funk paulistano. Assim, MCs paulistas se destacaram com dezenas de hits nas paradas de sucesso.
Entretanto, desde 2017, o funk está voltando para o Rio de Janeiro e retornando à essência do movimento carioca, que é a valorização do baile de favela, repleto de paredões de som e DJs. Nesta versão, o DJ ou produtor são as figuras principais, se destacam mais que o MC. Assim, surge o funk 150 bpm (batidas por minuto), um ritmo acelerado e extremamente dançante.
Mesmo com a ascensão do funk 150 bpm, o canal Kondzilla segue dominando os rankings de assinaturas e visualizações totais: é o maior canal do Brasil e o nono maior canal do mundo. No entanto, o ;Rei dos clipes de funk; ganhou um concorrente. O canal GR6 Explode também produz videoclipes de funk e conta com artistas como MC Livinho e MC Mirella, e se tornou o terceiro canal mais visto do YouTube em nível nacional. Com 24 milhões de inscritos e 10 bilhões de visualizações.
Kevin O Chris
O funkeiro Kevin O Chris é a sensação do momento e do funk 150 bpm. O cantor é conhecido por hits como Finalidade era ficar em casa, Eu vou pro baile da gaiola, Ela é do tipo e Evoluiu, acumula mais de 900 mil inscritos no canal oficial do YouTube e já toca nas rádios, nas novelas e até no Lollapalooza 2019.
Em abril, o cantor atingiu o Top 10 Viral global do Spotify. O ranking da plataforma de streaming mede as músicas com maior interação nas redes sociais e na internet. Além disso, todos os últimos lançamentos do MC já estiveram no Top 10 nacional da plataforma.
MC Rebecca
A funkeira MC Rebecca também é destaque no cenário do funk atual. Com ousadia e talento, a cantora investe no funk ;pesadão;. Conhecida pelo hit Cai de boca, composto por Ludmilla, a funkeira ganhou mais de 6 milhões de visualizações no videoclipe de estreia. Após o sucesso do single, a cantora emplacou outras músicas como Coça de Rebecca e Ao som do 150. E com menos de um ano de carreira, já é sucesso.
Mesmo com a hipersexualizacao das mulheres nas letras de funk, fato que sempre gerou polêmica, Rebecca é uma das mulheres que conquistaram espaço no gênero. E faz das letras das músicas cantadas por ela um instrumento de quebra-tabus. Assim como Ludmilla e Anitta no início da carreira.
* Estagiária sob supervisão de Severino Francisco