Diversão e Arte

Hoje é dia de rock, bebê!

Data é celebrada na cidade com uma série de eventos nas mais diversificadas vertentes do gênero

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 13/07/2019 04:09
Banda Almirante Shiva: uma das atrações da programação da Parafernália Cultural

Hoje é o dia mundial do rock. Apesar do nome, a data só é comemorada no Brasil. Em 1985, foi realizado um evento chamado Live Aid, que reuniu os maiores nomes do gênero em prol de uma causa humanitária, exatamente em 13 de julho. Phill Collins, que estava no elenco, falou que queria que aquele fosse considerado o dia mundial do rock, e, no início dos anos 1990, duas rádios paulistanas dedicadas ao gênero acataram o pedido.

Desde então, a data passou a ser comemorada pelos roqueiros brasileiros com festas, eventos, programas e tudo o mais. Brasília, considerada a capital do rock, na década de 1980, teve aprovada, em 2015, uma lei que declara o gênero como patrimônio cultural imaterial do DF, e não foge a essa regra. O Diversão & Arte fez um roteiro dos eventos, em várias vertentes do rock.

Psicodelia

Representante da ala psicodélica, com sua gama de vertentes que vai do rock clássico e progressivo ao regionalismo, a Parafernalha Cultural preparou um evento especial com os principais representantes da cena. Na praça da CNF 1/2, na Samdu Norte, em Taguatinga, a partir das 21h, o baiano radicado no DJ Jack Gôd, a recém-retornada Almirante Shiva e a banda Du Mondo estarão com os reverbers afiados para fazer todo mundo viajar no som. A entrada é R$ 10, só para maiores de 16 anos.

Dom 86, um dos organizadores do evento, defende a importância do rock nos dias de hoje: ;O mais importante, nesta data, é a energia e atitude transgressora que o rock traz! É reverenciar o passado construindo um futuro com a mesma rebeldia e inquietação dentro da sociedade opressora;. Para ele, o rock continua forte na cidade, mas precisa se comunicar melhor: a cena é e sempre será muito forte. O underground de Brasília é muito rico, e sempre foi. Temos bandas tão boas quanto aquela cena do punk burguês brasiliense, que deu a Brasília a fama de capital do rock. Bandas de Sobradinho, Taguatinga, Samambaia, Gama, ou seja: a periferia ainda grita, mas gritamos para nós mesmos. Temos que ter mais visibilidade;, analisa.

Para dançar triste

O movimento gótico do DF também é muito forte. Embora a produção de bandas não seja muito grande, é possível ver de longe, nas sombras, as bandas clássicas como Vultos, Arte no Escuro, Lupercais e Cinco Generais e a recente Vox Lugosi. Agitando os morcegos da cidade há 15 anos, o evento promete tocar o melhor do post punk, goth rock, darkwave, coldwave, deathrock, EBM, synthpop, futurepop e sons dos anos de 1980, em 20 de julho no Zepelim (QE 40 do Guará), com ingressos a R$10 e R$ 15 a partir das 23h. Não recomendado para menores de 18 anos.



Para bater cabeça

Se o seu negócio é bater cabeça com um som pesado, cole em Samambaia. Desde ontem, e até domingo, o Saloon Red Rock, na QI 616, está oferecendo um cardápio vasto e nutritivo com o festival Cerrado Metal Hardcore Fest 2019. Depois dos shows de Moretools, Phrenesy, Lust for Blood, Terrorcídio e Darkrazor, hoje e amanhã se apresentam as bandas Test (SP), Mata Burro (TO), Death Slam, Seconds of Noise, Flashpyre, The Overalls (Áustria), Never look back, As verdades de Anabela, Prollogy e Infezto, a partir das 17h, com ingressos a R$ 20, para maiores de 18 anos.


Para Pogar
Já no Paranoá, também no dia 20, o coletivo Subúrbio Caos continua espalhando o caos no subúrbio tendo como QG o bar Esquina Preciosa (Praça da 21). Desta vez, o festival que reúne bandas, trocas de materiais e ação social trará do Tocantins a banda Chico Doido, que dividirá o palco com Síndrome Letal, vintetrês e Alarme, para botar os punks da periferia pra pogar muito, depois, claro, de ler um informativo fanzine e doar agasalhos e alimentos para quem precisa. O evento começa às 19h, com entrada franca e livre para todos os públicos.

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