Sem anúncio oficial da causa, a morte do documentarista Don Alan Pennebaker, aos 94 anos, foi confirmada pela revista Variety. Antes de conquistar Oscar honorário, em 2013, ele teve atividade itensa e tocou especialmente em temas dos campos políticos e musicais, no panorama mundial. Com Robert Drew, ele despontou com a represcussão do chamado cinéma vérite, dedicado à objetividade extrema.
Contribuições em filmes como Primárias (1960) e Crise (1963) ajudaram a tornar DA Pennebaker célebre. Com a esposa Chris Hegedus (sob produção do filho Frazer), ele dirigiu o candidato ao Oscar The war room (1993), em torno da estrutura para a reeleição do presidente norte-americano Bill Clinton.
Antes da explosão de Woodstock, Pennebaker dirigiu Monterey pop (1968), realizado na sequência do clássico A caminho do leste (1967), que enfocou turnê inglesa de Bob Dylan. De modo cooperativo, ainda em 1959, o diretor se associou a grupo de vaguarda que lidava com inovações benéficas à linguagem documental, dadas facilidades como equipamentos portáteis.
As novidades foram acopladas na criação dos clássicos Primárias e Crise; o primeiro centrado em disputa de cargo por J.F. Kennedy e o senador Hubert H. Humphrey, em corrida à Casa Branca, enquanto o teor do segundo denunciava racismo de governador do Alabama. No ramo dos registros musicais, D.A. Pennebaker trouxe imagens preciosas das carreiras de Elaine Stritch, David Bowie, Jimi Hendrix, da banda inglesa Depeche Mode, além de haver criado repertório farto de registros de personalidades como Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, John Lennon e Jane Fonda.