Uma corrente de temas que tocam crises familiares entra em pauta hoje (03/09) na 76; edição do Festival de Veneza. Enquanto o diretor sueco Roy Andersson apresenta o novo longa dele chamado Sobre a eternidade ; e previsto para trazer o segmento de imagens poéticas e avulsas com as quais trabalha ;, o canadense (egípcio de nascimento e filho de armênios) Atom Egoyan retorna aos holofotes com a exibição de Convidado de honra, outro título destacado para concorrer pelo Leão de Ouro. Egoyan fortaleceu o nome no cinema, ao ser indicado ao Oscar de melhor direção, há 22 anos, à frente do drama O doce amanhã.
Convidado de honra traz a trama de um pai e da filha dele envolvidos por uma distorção na realidade, aparentemente plantada, e que impacta o futuro profissional da moça. Um enredo de vulnerabilidade familiar também habita Rialto, dirigido pelo escocês Peter Mackie Burns, numa coprodução entre Irlanda e Reino Unido. Um dos atores de Vingadores: Ultimato, Tom Vaughan-Lawlor, estrela fita integrada à mostra Horizonte e com teor que pode impactar.
Uma crise atinge o casamento de um pai de família disposto a rever a relação dele com os filhos, depois de muito fragilizado pela morte do pai. Estragos e vergonhas derivadas de uma masculidade tóxica vem à tona, depois de o homem convocar um garoto de programa, dado o distanciamento da esposa dele. Na pele do rapaz está Tom Glynn-Carnly, ator de Tolkien e de Dunkirk.
Noutra mostra paralela de Veneza quem desponta é o ator e diretor Tim Robbins, capaz de reiventar a lida com temas carcerários dos anteriores Os últimos passos de um homem e Um sonho de liberdade. Em forma documental, 45 segundos de gargalhadas trata de libertações pela arte, numa iniciativa junto à prisão de Calipatria (Califórnia). Intrigas e inimigos de longa data prometem desaparecer da vida dos encarcerados, depois da interferência da The Actor;s Gang, companhia teatral comandada por Tim Robbins.