Diversão e Arte

Primeira edição Festival Cobogó celebra a música brasiliense

Aguaceiro, Seu Estrelo, O Tarot e Moara estão entre as atrações

Geovana Melo*
postado em 28/09/2019 06:03
Aguaceiro
Os produtores locais seguem movimentando a cena cultural. Brasília mostrou que é a capital dos festivais e recebe durante o ano todo muitos eventos, divididos entre vários espaços do Distrito Federal. Desta vez, o Beco da CAL, no Setor Bancário Sul, será palco de uma programação eclética e animada, e o melhor: totalmente brasiliense. O festival Cobogó faz a primeira edição neste sábado (28/9). ;Ter um evento que valoriza as bandas locais, as pessoas vão com um espírito diferente, acho que será incrível;, pontua o cantor Paulo Chaves.

O Cobogó propõe uma imersão na cena artística e cultural candanga, com uma programação que abrange artes visuais, dança e música em um único dia. O evento traz atrações locais para ocupar o espaço com diversidade cultural e artística. ;Fazer um festival grande, com oito atrações brasilienses, é levar para outra escala e a gente está bem animado;, ressalta Lucas Maranhão, integrante da banda Aguaceiro. O festival Cobogó busca resgatar a cultura no Distrito Federal, sem deixar de lado o caráter social.

Toda a verba arrecadada na bilheteria será revertida para os trabalhos da Fundação Moov, que atende à comunidade carente da Estrutural e desenvolve projetos envolvendo educação e cultura para a comunidade. ;Estávamos procurando alguma fonte de renda, uma verba para poder executar novos projetos, então, o festival surgiu daí;, conta Jordana Naves, uma das curadoras do Cobogó.

Seu Estrelo

O line-up comporta nomes como Igor Torres, João Pedreira, Paulo Chaves, Moara, Aguaceiro, Breu, O Tarot e Seu Estrelo. Além das bandas, integram o festival o grupo Periféricos no Topo e grupo de voguing House Of Caliandra.

As artes visuais ficarão por conta de artistas que também reúnem raízes voltadas para cultura local. O Beco será cenário de instalações e exposições artísticas, dentre elas contará com grafites, ilustrações e fotografias. A mostra contará com nomes como Gabriela Dias, Ramon Phanton, Victória Reis, Lara Silva Santos e Pedro Henrique Nascimento.

*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira

Festival Cobogó
28 de setembro de 2019, no Beco da CAL (SCS Q. 4). Ingressos à venda no Sympla, a partir de R$ 30 (meia-entrada e meia-entrada social)


Atrações Musicais


Igor Torres

; O cantor Igor Torres abrirá os trabalhos musicais do Cobogó, com um show que passeia entre o samba e o rock. ;Abrirei com Samba lamento. Será um show cheio de samba, cheio de rock, será uma apresentação bem pra cima;, antecipa o sambista.

Paulo Chaves

; Vivendo da música e com um repertório popular, Paulo Chaves apresentará aos ouvintes do festival o álbum de estreia, Desafogo, lançado em novembro do ano passado. Com trabalho, com influências notáveis do MPB clássico, as composições recebem elementos modernos que fazem essa mixagem. Além das faixas do disco, Paulo trará canções que ainda não vieram a público. ;Além do meu primeiro álbum, tocarei umas que estou terminando de escrever, se sair até lá;, brinca o compositor. Quando se fala em tocar em festivais é quase unanimidade entre as atrações o frio na barriga. ;A estrutura do festival é ótima, desde o camarim ao palco;, revela o cantor.


João Pedreira

; O brasiliense João Pedreira também é uma das vozes do festival. O cantor acredita que festivais são espaços de troca. ;Rola um frio na barriga diferente, pois é uma chance de tocar ao lado de outras bandas, um espaço de troca no backstage, uma banda conhecer o trabalho da outra. O festival surge como uma marca de projeção para todas essas bandas, a experiência se potencializa;, conta o artista. No show de sábado, ele apostará em novidades. ;Vamos fazer uma homenagem para um compositor que a gente gosta muito no cenário nacional, mas é surpresa. Serão as músicas do meu primeiro álbum, dois singles novos e esse cover;, antecipa.

Moara

Moara

; A cantora Moara, única apresentação feminina solo no festival, finalizará a turnê do álbum Peito aberto no Cobogó. ;É a última chance de verem esse trabalho, porque, após isso, eu iniciarei o show do meu novo EP, Do começo ao fim;, pontua a brasiliense. ;O festival é uma oportunidade de eu mostrar o meu som para quem não me conhece. É uma espécie de vitrine;, completa. Moara acredita que a cena artística brasiliense está em um dos momentos mais bonitos. ;As pessoas dos outros estados estão nos conhecendo e levam a gente pra tocar lá. E ver que o Cobogó oferece uma estrutura grande para a gente trocar aqui é muito bom para fazer a troca com o público local. É legal saber que a gente tá se movimentando para Brasília ser respeitada aqui dentro, pois Brasília está sendo muito respeitada lá fora;, afirma a cantora.

Aguaceiro

; O grupo Aguaceiro, composto por Taís Cardoso, Lucas Maranhão, Davi Figueiredo e Gabriel Peres, traz um show repleto de sucessos. ;Vamos tocar o nosso último trabalho Tudo que podia e umas inéditas;, conta Lucas Maranhão. ;Em festival a gente tem menos tempo para passar a nossa mensagem, é mais corrido. No entanto, por ser rápido, a gente tenta pincelar um pouco da essência da banda e dos nossos trabalhos e tenta fazer com que as pessoas se identifiquem com a gente em um período menor de tempo. Além de que grande parte do público pode não nos conhecer e precisamos prender a atenção dessas pessoas também;, completa Lucas.

Breu

; A banda Breu chegará ao evento com o álbum de estreia, lançado em julho, Ideia errada. ;Serão as músicas novas e elementos que colocamos para fazer a conexão entre elas, para fazer a galera viajar, vai ser bem legal;, adianta o grupo. ;A valorização da arte brasiliense é clara no festival, ter essa oportunidade é incrível, a gente sente um line-up mais voltado para música brasileira, e brasiliense. As pessoas estão percebendo que tem como ir para rolê legal de Brasília para Brasília, em Brasília;, admira Breu.

O Tarot

; Veteranos em festivais, a banda O Tarot se apresenta no Beco da Cal com a música cigana. Depois de anos de experimentação, o quinteto achou uma linha de trabalho, misturando a música e o teatro. ;Chegamos ao show que consideramos ideal. Vamos misturar cenas e músicas, além de contarmos com um momento super especial, vamos fazer manifesto político artístico e a proposta é a galera participar deste momento;, conta Caio Chaim, vocalista d;O Tarot. Com uma proposta totalmente brasiliense, o festival promete ser a cara da capital. ;Ver só artistas brasilienses compartilhando trajetórias. São momentos especiais de reencontro, todo mundo está mais amadurecido, temos muita história. Cada espacinho que tem entre um nome e outro é compartilhado. Além de ser uma oportunidade das pessoas verem a gênese de pessoas que impactará a música nacional;, continua Caio.

Seu Estrelo

; O grupo Seu Estrelo, grupo cultural se inspira nas tradições brasileiras e faz um trabalho que passeia entre o teatro, o tambor e a música, sem deixar de lado os elementos típicos do Cerrado e da vida brasiliense.

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