Agência Estado
postado em 25/10/2019 17:28
Kayne West tarda, mas não falha. Após dois adiamentos do lançamento, Jesus is King finalmente chegou às plataformas de streaming nesta sexta-feira, 25. A previsão inicial era de que o álbum fosse publicado no dia 27 de setembro e depois foi anunciado para esta quinta, 24, à meia-noite. No entanto, outra vez o rapper não conseguiu cumprir o prazo. No Twitter, ele pediu desculpas aos fãs e justificou dizendo que ainda fazia o trabalho de mixagem em três faixas.
Até chegar nos dispositivos de música de seus fãs, o álbum trilhou uma verdadeira via sacra de pré-apresentações durante os eventos batizados de Sunday Service - espécie de cultos cantados ministrados por West - que foram realizados em cidades como Nova Iorque, Detroit e Chicago.
Nesta quarta, 23, o rapper fez a última cerimônia de divulgação em Los Angeles, onde reuniu familiares, amigos e fãs. De acordo com a Variety, quem estava no Forum Club foi convidado a rezar junto com West para celebrar o seu novo trabalho. Durante o evento também foi exibido um documentário homônimo ao disco, filmado para ser exibido em IMAX.
Segundo a revista, o longa, que tem 30 minutos de duração, tem como principal mensagem a importância da passagem de Jesus pela Terra. As cenas são divididas por versículos bíblicos e a ambientação é marcada por tons claros e azulados, numa construção do paraíso, que surge na tela após o disparo de um tiro. O momento de maior excitação da plateia foi quando o rapper aparece em uma performance ao som de Street lights, do seu disco 808s & Heartbreak, em uma versão acústica.
Em dezembro, West anunciou mais um lançamento: Jesus is Born. A ideia é aproveitar o período natalino. Em 2018 ele se converteu ao cristianismo e desde então vem se tornando cada vez mais devoto à religião. Durante o desenvolvimento de Jesus is King, por exemplo, o rapper propôs à sua equipe a abstinência de sexo até que o disco fosse ao ar. No Brasil, alguns internautas têm comparado esta fase cristã de West àquela vivida por Tim Maia na década de 1970, quando o músico teve contato com o livro Universo em Desencanto e lançou os álbuns Racional volumes 1 e 2.