Agência Estado
postado em 03/11/2019 08:34
A alguns parecerá exagero, mas Affonso Uchôa, em dupla com João Dumans ou separadamente, converteu-se num dos grandes cineastas brasileiros contemporâneos, o maior de sua geração na faixa dos 35 anos. A Vizinhança do Tigre e Arábia cravaram seu espaço no panteão dos novos autores que, de Contagem (MG), ganharam Tiradentes (a Mostra Aurora), o Brasil e o mundo. A repescagem da Mostra apresenta neste domingo o média-metragem Sete Anos em Maio como complemento de Chorão.
A grande arte de Uchôa propõe um debate incontornável sobre a realidade brasileira.
Também imperdíveis, na repescagem da Mostra, no Cinesesc, no domingo, são O Paraíso Deve Ser Aqui, do palestino Elia Suleiman, e Dois Papas, produção internacional (da Netflix), com direção do brasileiro Fernando Meirelles. O longa entra na plataforma de streaming no dia 20 de dezembro. Uma semana antes terá lançamento em salas. Em entrevista ao Estado, o diretor, que assina seu melhor filme, disse que nunca viveu um momento assim.
Dois Papas circulou pelos festivais, entra nos cinemas e vai para o streaming, imediatamente, atingindo um público planetário que poderá ser imenso - pela importância do tema, o diálogo entre Bento XVI e o Cardeal Jorge Bergoglio, futuro Papa Francisco, e pela qualidade da interpretação de Jonathan Pryce e Anthony Hopkins.
Você, que vai ver o filme, preste atenção à cena do encontro na Capela Sistina. Ela foi gravada em estúdio, em Cinecittà, porque o Vaticano não permitiu a filmagem.
Para permanecer no prêmio da Academia, a Palestina, que não tem status de país, foi reconhecidas no Oscar quando Intervenção Divina concorreu. "A Palestina sou eu", disse Suleiman ao jornal O Estado de S. Paulo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.