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Obra de Nilo Diniz homenageia Chico Mendes, seringueiro morto em 1988

O livro 'Chico Mendes: Um grito no ouvido do mundo' é uma reunião de relatos e analises sobre a importância do ativista

Hannah Sombra*
postado em 04/11/2019 18:51

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;Herói nacional, que foi um verdadeiro educador, organizador, articulador e comunicador;. É assim que Nilo Diniz define Chico Mendes, seringueiro ativista morto em 1988 em Xapuri, no Acre. Sob o título baseado em uma frase do jornalista Antônio Alves, ex- secretário de Cultura do Acre, Nilo lançou nesta segunda-feira (4/11), em Brazlândia o livro Chico Mendes: Um grito no ouvido do mundo.

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A obra, que está na primeira edição, apresenta um relato histórico sobre os conflitos sociais e ambientais na Amazônia e uma análise detalhada de coberturas de grandes jornais do Rio Janeiro e de São Paulo, em especial a resistência dos povos da floresta.

Em entrevista ao Correio, o escritor disse que o atual cenário político o ajudou a publicar a obra. ;A motivação pela publicação agora veio da atual conjuntura política desfavorável para as populações tradicionais, indígenas e extrativistas. É uma reação também a pronunciamentos desinformados de autoridades ambientais atuais, desconsiderando a importância histórica do Chico Mendes;, afirma o autor.

;Desejo com essa pesquisa prestar uma singela contribuição ao público interessado, num momento político do país que nos exige reflexão e ação, orientadas pelo fortalecimento da democracia, da participação social e de uma imprensa livre e responsável;, conta o autor.

Com orgulho, Nilo lembra do personagem que inspirou o livro. ;Um homem que lutava pela floresta em pé, pelos seringais dos companheiros do sindicato que presidia, mas depois descobriu de lutava por uma causa nacional e internacional;, declara o escritor.


Chico Mendes, seringueiro ativista

Filho de seringueiro, Chico Mendes seguiu a profissão do pai e tornou-se além de profissional, ambientalista, sindicalista e ativista político. Um dos maiores símbolos brasileiro pela luta de preservação da floresta Amazônica, o acreano se empenhava ainda em melhorar as condições de trabalho da própria categoria.

Durante o primeiro encontro de seringueiros em Brasília, realizado em outubro de 1985, Chico e alguns companheiros fundaram o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), organização que representa trabalhadores agroextrativistas.

Três anos depois, em 22 de dezembro, Darci Alves, a mando do pai fazendeiro Darly Alves, atirou contra Chico com balas de escopeta, que morreu no quintal de casa, em Xapuri.

*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel

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