postado em 06/11/2019 04:17
Da nua anônima
Mi caminho restou-me antiga rua
Enluarada! ; Quão pracejo desta vida
De outro acaso, hora imprevenida
Protegido por travessia nua
Augusto instante, ombro alargado
Ríspido lábio, perene domado
Vício da carne, dano secreto
Enamoro enaltado discreto
Posto que logo d;amante rotura
Acanha o traquejo da via escura
Ditou-me a esperança do namorico
Mas sei que saudoso me resta do fico
Que fito dos olhos terei no outrora?
Da mão apalpada na pele do agora
Restou-me a saudade do namorico
Que sei da esperança do fico
Dario Silva, do livro Fabrício (ed. Patuá)