postado em 13/11/2019 04:08
Integração
Deixo-me ir, aonde as pernas
Não me levariam, se pensassem
Aonde as crenças, forasteiras
Na coleira me conduzem
Em direitos e avessos
Encontro bolsos para as mãos
Mão para perdão
Perdão para recomeços
Deixo-me ir, aonde não pertenço
E sem pertença permaneço
Por fraco espírito de facção
Mais empatia irreprimível
Com os muitos ângulos da ilusão
Margarida Patriota, do livro Tempo de delação (ed. Ibis Libris)