Diversão e Arte

Negros afirmam lugar na dança clássica e contemporânea em festival no Sesc

A primeira edição do Festival Afirmativo de Dança tem programação até sábado (23/11) no Sesc do Setor Comercial Sul

Devana Babu*
postado em 21/11/2019 16:59
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A compreensão do corpo negro como território político, passível de ser descolonizado, é o ponto de partida da primeira edição Festival de Dança Afirmativa, que aborda, com todos os gestos, o lugar do negro na dança contemporânea ; da popular à erudita.

O paulista Rodrigo Leopolldo é formado em balé clássico, disciplina que estuda desde os 14 anos. A carioca Celly IDD (sigla para o epíteto Celly Imperatriz da Dança) é pioneira feminina do passinho carioca. E ambos estão, desde segunda feira, ministrando duas oficinas, cada um em sua área, para os alunos bolsistas e pagantes, no Sesc Silvio Barbato, que sedia o festival. Os dois balizam o espectro dos corpos negros nas danças brasileiras, representado pelo tema do festival ; O corpo negro em movimento.

Entre estes dois polos, encontramos os artistas cênicos e musicais Guiga Preto, Júlio César, MC Dextape, Vinicius Dias, Calila das Mercês, Jô Gomes, Lídia Dallet, Tainá Cary e Vera Verônika, que comandaram a programação formada por diversas atividades.

O paulista Rodrigo Leopolldo é bailarino clássico e estuda desde os 14 anos

[SAIBAMAIS]Nesta sexta-feira (22/11), o festival tem apresentação de Rodrigo Leopolldo e Celly IDD com participações de Jô Gomes (danças afro), Graduada Coral (capoeira) e Petrônio Paixão (Charme ; Grupo Pegada Black).

No sábado (23), os dois bailarinos promovem um Aulão de funk e dança contemporânea para crianças, das 15h às 17h, (inscrições pelo e-mail teatrosescsilviobarbato@gmail.com). Às 19h, serão entregues os certificados após apresentação dos participantes das oficinas.

Serviço
1; Festival Afirmativo de Dança ; O corpo negro em movimento
Sesc Presidente Dutra (SCS, Q. 2, Bl. C). Sexta-feira (22/11), a partir das 19h, e sábado (23), a partir das 15h. Festival de valorização dos corpos marginalizados no universo da dança, tendo o corpo negro como tema da primeira edição. O evento conta com painéis, oficinas e apresentações. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel

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