Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Segunda noite da Mostra Brasília presta homenagem a Dulcina de Moraes

Longa-metragem 'Dulcina', de Glória Teixeira, foi bastante celebrado pelo público que compareceu ao Festival de Brasília

[FOTO1]A atriz Dulcina de Moraes foi a grande personagem da segunda noite da Mostra Brasília BRB de Cinema. A eterna dama do teatro recebeu merecida homenagem com a exibição do longa Dulcina, de Glória Teixeira.

Na fita, a diretora traça um panorama da trajetória de Dulcina de Moraes, desde a carreira nos palcos passando pela influência na chamada "geração de Dulcina" -- com nomes como Fernanda Montenegro, Suely Franco e Nicette Bruno --, a luta pela profissionalizaçao dos atores e a criação da Faculdade Dulcina de Moraes em Brasília.

Antes mesmo da sessão ter início, o público presente na sala do Cine Brasília aplaudiu e celebrou a atriz, o que se repetiu em alguns momentos da exibição. A diretora Glória Teixeira fez questão de dizer que esse era um resgate da memória nacional. "Dulcina vive na fundação e em seus ideais", definiu no palco.

O filme misturou linguagens, com depoimentos de amigos e artistas, como os muitos aplaudidos sempre que apareciam na tela Emiliano Queiroz e Ruth de Souza, imagens de arquivos e representações de Dulcina por seis atrizes, entre elas Françoise Forton.

Representação negra

A noite teve início com a exibição do curta Encanto feminino, de Fabíola de Andrade. O filme retrata uma família de mulheres negras que se inspira na lutas das deusas yabas. "O filme mostra o papel da mulher preta, com um elenco todo preto", afirma a cineasta.

O curta foi aplaudido, principalmente, em dois momentos: quando apareçam mulheres negras famosas na tela como Marielle Franco e Maria Carolina de Jesus e no encerramento com a música A revolução é preta de Marcelo Café.