Carlos Helí de Almeida - Especial para o Correio
postado em 27/11/2019 09:16
[FOTO1]
Após passar por uma repaginação, ano passado, em seu aniversário de 40 anos, o Festival do Cairo retorna em 2019 disposto a recuperar e solidificar a reputação de maior e mais antigo evento cinematográfico do mundo árabe. Além de reforçar a programação de filmes, a 41; edição, que começou com a exibição de gala de O irlandês, marcando a estreia do novo filme de Martin Scorsese no Oriente Médio, amplia a recém-criada área de mercado, o Cairo Industry Days, adicionando painéis e encontros voltados para a produção de conteúdo para a TV e streaming.
Até o dia 29, a maratona exibirá um total de 150 títulos de 63 países, entre premi;res mundiais e regionais, espalhadas por seções competitivas e informativas. O cinema brasileiro estará representado por O homem cordial, de Iberê Carvalho, na competição internacional; Babenco, de Barbara Paz, e Lamento, de Diego Lopez e Claudia Bitencourt, ambos na mostra Panorama; e Marighella, de Wagner Moura, em projeção especial. Mas o evento também contará com a participação de representantes de distribuidoras, exibidoras e produtoras de cinema e TV, como Ahmed Sharkawi, diretor de criações originais da Netflix.
;O papel de um festival de cinema hoje não é apenas selecionar e mostrar grandes filmes. Eles também são como incubadoras, plataformas para lançar carreiras e ajudar pessoas a criarem relacionamentos criativos e comerciais;, afirma o produtor de cinema Mohamed Hefzy, que assumiu a direção da mostra ano passado, com o objetivo de resgatar o brilho do passado, apagado por uma década de crises financeiras e políticas na região.
O filme de Iberê Carvalho disputa o troféu Pirâmide Dourada com títulos como Mindanao, do filipino Brillante Mendoza, The border, do colombiano David David, A certain kind of silence, do tcheco Michal Hogenauer, Let;s talk, da egípcia Marian Khoury, e I;m not longer here, do mexicano Fernando Frias de La Parra, entre outros.