Diversão e Arte

MAX 2019: Selo Elas, da Elo Company, terá lançamento de oito filmes em 2020

O anúncio foi feito durante o painel "Conversa com Elo Company" no segundo dia da conferência MAX 2019

Adriana Izel - Enviada especial
postado em 29/11/2019 12:56
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Belo Horizonte ; Lançado em 2018 durante a Rio2C, o selo Elas, da Elo Company, vive um momento de consolidação em 2019. No ano da estreia, o projeto contou com nove longas-metragens, entre ficções e documentários. Em seu segundo ano, o número quase dobrou, chegando a 14 projetos, totalizando 23 produções dirigidas por mulheres e com narrativas femininas.

O selo nasceu da necessidade da inserção da mulher no cinema, que costuma ser bem menor do que a dos homens. Em 2016, por exemplo, dos filmes lançados nos cinemas apenas 17% tem direção de uma mulher, segundo os dados divulgados pela Ancine na época. No ano seguinte, a distribuidora começou a notar o início da demanda pelas narrativas femininas, até que, em 2018, veio a consolidação do interesse do público, e, com isso, o selo Elas, que se trata de uma consultoria com 20 profissionais dos audiovisuais para auxiliar o trabalho dessas diretoras, em sua maioria, estreantes.

"A gente entendeu que as mulheres acabam tendo que se envolver em outras etapas, mesmo durante a direção. Então esse foi o jeito que encontramos de ajudá-las", conta Barbara Sturm, diretora de conteúdo da Elo Company.

Dos 23 projetos iniciados pelo selo, três já foram lançados no circuito comercial: Amores de chumbo, de Tuca Siqueira; Torre das donzelas, de Susanna Lira; e O incerto lugar do desejo, de Paula Trabulsi. Dois estão no circuito de festivais: Aos olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo; e Meu querido supermercado, de Tali Yankelevich.

A expectativa é de que mais oito filmes do selo sejam lançados em 2020. Mesmo ano em que o projeto anunciará as novas seleções. O anúncio está previsto para a edição de abril do Rio2C, mesmo evento em que o selo foi lançado. Questionada se a seleção do próximo ano foi impactada pela paralisação de fomentos ligados ao audiovisual, Barbara Sturm, diretora de conteúdo da Elo Company, diz que sim, mas que a produtora busca alternativas. "Impacta diretamente, porque normalmente os filmes são feitos com editais, mais de 50% contam com o Fundo Setorial do Audiovisual (que está paralisado neste ano). Mas estamos buscando outras formas de encontrar o investimento", revela.

Outro projeto da Elo Company que segue para 2020 é o Projeto às 7, uma parceria da distribuidora com o Cinemark. A iniciativa consiste na exibição por duas semanas na faixa das 19h em 20 salas de cinema em 19 cidades filmes nacionais. Um dos grandes destaques da agenda de estreias do projeto foi o filme A história de um sonho ; Todas as casas do Timão, de Ricardo Aidar, que se tornou no segundo documentário mais assistido do ano.

O Projeto às 7 segue em 2020. Os filmes que farão parte da grade do próximo ano serão anunciados em janeiro.

*A repórter viajou a convite da MAX 2019

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