Diversão e Arte

Dream Theater empolga público no Ulysses Guimarães

Banda norte-americana apresentou o repertório comemorativo de 20 anos de carreira

Devana Babu*
postado em 05/12/2019 16:12
[FOTO1]Pouco depois das 20h da noite de quarta-feira (4/12), uma fila formada por pessoas vestidas predominantemente de preto e ostentando símbolos e referências a grupos de rock, fazia voltas na entrada do auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O objetivo era acompanhar o show da banda americana de metal progressivo Dream Theater.

[SAIBAMAIS]A banda começou a tocar por volta das 21h30 para, durante quase três horas com um intervalo, desfiar destreza técnica e virtuosismo na execução do álbum Metropolis Pt. 2: Scenes from a memory, que dá nome à turnê comemorativa dos 20 anos de lançamento, para uma plateia extasiada. O grupo ainda tocou na íntegra o álbum Distance over time, lançado em fevereiro, além de alguns hits da carreira.

Dream Theater: virtuosismo, mis-en-scene e luzes de um teatro dos sonhosNo palco, John Petrucci (guitarra), John Myung (baixo), James LaBrie (vocal), Jordan Rudess (teclado) e Mike Mangini (bateria) demonstravam a sinergia, confiança e intimidade adquiridas ao longo de 34 anos de estrada.

Na primeira música, empolgada, a plateia ficou de pé, mas logo todos estavam sentados, não menos empolgados. Muitos ensaiavam timidamente bater cabeça ao som das músicas, mas ficava um pouco difícil, já que um alambrado de ferro separava o palco da plateia, e uma barreira de seguranças impedia a circulação pelos corredores da área premium.

Apesar disso o públicou balançou as mãos em uma balada, cantou as músicas, ergueu os punhos fazendo o famoso gesto do "chifre do rock;n;roll" e, acima de tudo, observa absorto e extasiado as longas passagens instrumetais com os solos fritantes de John Petrucci, ou de Jordan Rudess que, às vezes, usava um teclado em forma de guitarra, ou ainda de Mike Mangini cuja bateria tinha tantos pratos e tambores que haja braços e pernas. E o baterista usava cada um deles. A voz de James LaBrie soava perfeitamente e o baixo de John Myung unia todos os instrumetos com seu grave poderoso e bem utilizado.

Um grande destaque foi a perfeita sincronia e boa utilização da iluminação, que destacava de forma milimétrica os momentos de solo, com focos de luz sobre o solista, ou os momentos mais intensos com luzes tumultuadas.

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Presente de formatura

A estudante de letras Marcely Mendes apresentou o trabalho de conclusão de curso na terça-feira, e se deu um presente de formatura: assistir no dia seguinte ao show da banda Dream Theater, sua nova paixão. Embora já conhecesse a banda há anos, só neste ano decidiu pesquisar a fundo e mergulhar no universo dela, quando soube que a banda viria a Brasília. "Eu adorei as músicas, principalmente o álbum Scenes from a memory. A partir de então, fiquei obcecada com a banda e era só o que ouvia no Spotify. Em dois meses decorei o álbum inteiro e também o novo álbum, Distance over time. Descobri que John Petrucci havia lançado um livro sobre o penúltimo álbum da banda, comprei e estou lendo. Enfim: Dream Theater é minha nova obsessão", conta a recém-formada, que foi ao concerto acompanhada do namorado Genildo Santos.

O gerente de logística, que também é baixista e já tocou em algumas bandas na cidade de São Sebastião, onde mora, é fã de grupos como Megadeth, Evergray, Chimaira, As I lay dying, Alice in Chains, e Angra. Dream Theater não está entre suas bandas favoritas, mas diz que se alinha bem com estilo que cultua e, sobretudo, John Myung: "Conheço a banda tem um bom tempo, e tenho uma admiração pelo trabalho do baixista John Myung. O cara toca muito. O Dream é uma banda dos anos 1980 que todo baixista tem ou já teve como referência", avalia. Ele também gostou muito de ver o vocalista ao vivo: "Aquela voz é única".

*Estagiário sob a supervisão de Adriana Izel

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