Diversão e Arte

Aguardado, 'Star Wars: A ascensão de Skywalker' chega às telonas

Novo filme de 'Star Wars' finaliza a terceira trilogia da saga espacial

Ricardo Daehn
postado em 18/12/2019 09:26
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O prazer da diversão, ;ao ser levado para lugares inesperados;, foi o lucro computado pelo cineasta J.J. Abrams, ao falar para a revista GQ sobre o oitavo filme na fila dos sucessos que elevam o nome da franquia Star Wars. O filme, conduzido pelo colega dele Rian Johnson, não foi unanimidade, em 2017. É a partir de princípio similar ; de prezar circunstâncias e relações entre personagens não reveladas ; que o mesmo talento criativo que remodelou para o cinema títulos como Missão: Impossível e Star Trek manteve o suspense do desafio máximo: alinhavar um fim para a saga que, projetando esperança, atravessa mais de 40 anos no imaginário de cinéfilos, sem desprezar a capacidade de renovação. O arsenal de mistério será desfeito, nesta quarta-feira, com as sessões especiais de Star Wars: A ascensão Skywalker, com início madrugada adentro de quinta-feira.

Encerrar, com animação e de maneira ;orgulhosa;, um bloco de nove filmes integrados à mente do criador de Star Wars George Lucas casa como uma luva o destino de J.J. Abrams que, à frente de um título (Star Wars: O despertar da força), há quatro anos, estabeleceu a casa dos bilhões (no plural) de dólares de lucro para um único filme da empresa Lucasfilm (via a gigante Disney, na verdade). O rodo ; como todo e qualquer fã espera ; pode ser passado, quando a menção a Abrams remete ao fracassado desfecho da série Lost, da qual ele foi um dos criadores.
Cena do filme 'Star wars: A ascensão de Skywalker'
;Estarei fascinado, como espectador, de ver o que virá depois; foi das frases mais enfáticas de J.J. Abrams, sinalizando o fim de contato com os ecos das criações setentistas de George Lucas, à época, na casa dos 30 anos de idade. Ao lado de Chris Terrio (corroteirista, lembrado por filmes como Liga da Justiça e Argo), J.J. Abrams promete ;despedidas marcantes; para os personagens aglomerados na eterna luta entre a Resistência e a vilanesca Primeira Ordem. Rebeldes que outrora estiveram ao lado da República (em confronto direto com o Império) voltarão à cena.

Depois do assumido nervosismo de trabalhar com lendas do cinema como Mark Hamill (que retorna à cena) e Harrison Ford, o diretor pontuou o entusiasmo de recuperar o personagem Lando Calrissian (o veterano Billy Dee Williams), que virá num dos postos de comando de uma das naves mais famosas da telona: a calejada Millennium Falcon. Coube ao diretor de fotografia Dan Mindel (o mesmo da saga em cinema Star Trek) o desafio de naturalizar o ambiente, para a aparição póstuma de Carrie Fisher (atriz morta em 2017) ; a imponente general Leia. Abrams descreveu como ;surreal; o trabalho subsequente (com imagens de arquivo), mesmo depois da perda da amiga e atriz.
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[SAIBAMAIS]Com o ineditismo do filme, fica perfeitamente viável conjecturar em cima das infinitas possibilidades sugestionadas pelo título. Sempre hábil em acondicionar encarnações de personagens, em apelar para flashbacks e em dissecar relações entre pais, mães e filhos, a saga poderia muito bem ; com a menção à expressão ;ascensão; ; englobar um espírito de elevação, e por que não uma ;ressurreição; (?) do personagem Luke Skywalker, onipresente na formação da jovem guerreira Rey (Daisy Ridley).

O lado sombrio da Força promete reacender a ordem Sith (eterno obstáculo para os Jedi). Atendendo à linhagem dos Cavaleiros de Ren, Kylo Ren (ninguém menos do que Ben Solo, o filho de Leia, e sobrinho de Luke) será a grande presença ambígua na telona ; já que, entre lutas de sabres de luz e armamentos do calibre dos famosos blaster, não se sabe exatamente o lado que defenderá. Darth Sidious, Imperador Palpatine ou ex-chefe sádico de Darth Vader: por qualquer um dos ângulos de denominação, o retorno do ator escocês Ian McDiarmid deve causar furor no novo Star Wars. O recrutamento para o elenco de Richard E. Grant (um dos candidatos ao Oscar 2019), na pele do General Pryde, também reforçará os desafios dos heróis da saga.

Os stormtroopers, como esperado, devem roubar parte da cena

Integração sideral



Um dos fundamentos de A ascensão Skywalker será o senso de união dos personagens de Rey, de Finn (o stormtrooper desertor que, pouco a pouco, se fez confiante nas aventuras emocionas da série) e ainda do ousado e decidido Poe Dameron (Oscar Isaac). Ideais de representatividade plena ; bastante alardeados pelo diretor J.J. Abrams ; devem ultrapassar a questão de gênero (na importância da guerreira Rey) e de negritude (com a relevância do ator John Boyega), já que o criador se mostrou predisposto a incorporar aspectos da diversidade sexual na fita.

Para além do aspecto da perpetuação de universo estabelecido desde 1977 (quando do lançamento de Star Wars, Episódio IV: Uma nova esperança), o nono episódio de Star Wars reserva novas companhias para o ;grupo de loucos, alucinados; guerreiros, como já descreveu J.J. Abrams. No time das mulheres, a atriz Naomi Ackie (a Anna de Lady Macbeth) responderá pela brava lutadora Jannah, enquanto Keri Russell (da série Felicity) dará vida a Zorii Bliss, uma amiga do entusiasmado piloto Poe.

Na linha mais fantasiosa, o droide D.O. (inacreditavelmente parecido com a figura da logo dos estúdios Pixar), Babu Frik (uma criatura que se presta ao reparo de droides), Klod (um monstrengo que parece uma enorme lesma) e orbaks ; animais que servem como transporte, a exemplo do tauntaun (do episódio de Star Wars de 1980) ; entram na galeria de novos tipos.

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