Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Tantas Palavras

de uma mariposa seca

O pedestal de ouro
derruba-o o abrasivo da droga
a falência da ordem
o escorpião corrosivo
que permitimos invadir o curso

A estrada que encomendamos reta
apega-se a voltar a ser mato
se desligamos
a constância da caminhada
Vão se desorientar os fusos da rota
se a relva se recompõe
Riscamos a palavra
e a língua ficou muda

Livro Desmanche I - Salomão Sousa