Correio Braziliense
postado em 04/01/2020 04:07
Como sonho Brasília no futuro
Cheguei em Brasília com 3 anos de idade, ainda na década de 1970. Viver minha infância em uma cidade como Brasília foi um privilégio. Correr livre pelos parques e gramados, subir nas árvores, brincar nos parquinhos e estudar em uma instituição de ensino de qualidade, a Escola Classe 115 Norte, são lembranças que carrego comigo até hoje e que moldaram meu modo de ser e de agir.
E mais do que isso, minha atuação em prol da primeira infância surgiu em parte por causa dessa infância feliz que Brasília me proporcionou.
Dos anos 1970 para cá, o Brasil mudou e Brasília também. Em alguns aspectos para melhor, em outros, para pior. Na educação, por exemplo, apesar dos avanços, ainda há muito a se melhorar. Sempre me pergunto por que nossas crianças e jovens não podem ter uma educação de qualidade, em uma escola bonita, limpa, com merenda saudável, bem equipada e com professores e funcionários valorizados.
O objetivo de todos nós para Brasília, em seu aniversário de 60 anos, e para os próximos anos, é de que todas as crianças tenham uma escola de qualidade, um lar acolhedor com pais e mães empregados ou trabalhando em seu próprio negócio, e que os governantes tratem com respeito e honestidade os recursos públicos, para que os investimentos realmente cheguem a quem mais precisa, atendendo especialmente às crianças e jovens.
A vida profissional e acadêmica me levou por muitos caminhos, para outras cidades e outros países. Trabalhei, estudei, cresci como profissional e ser humano. Formei uma linda família com meu marido, Luis Felipe, e tivemos seis filhos.
Nos períodos em que estive fora de Brasília, a cidade nunca saiu do meu coração e do meu pensamento e a vontade de voltar, cada dia falava mais alto.
Esse sonho começou a se tornar realidade em 2018, quando voltei definitivamente e resolvi disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. A população de Brasília acreditou nas minhas propostas e hoje estou prestes a completar meu primeiro ano de mandato. O trabalho parlamentar tem uma série de limitações, mas, dentro das minhas atribuições, tenho trabalhado todos os dias para aprovar projetos que estimulem o empreendedorismo e a geração de empregos e propiciem melhores condições de vida para as crianças e os jovens.
É muito triste pensar que aqui mesmo, no Distrito Federal, tenhamos comunidades onde falta a presença do Estado e sobram problemas. E é triste saber que em um país como o Brasil, conhecido como celeiro do mundo, ainda existam pessoas vivendo em condição de miséria e fome.
Em uma época como esse, o fim de ano, é inevitável pensar em como podemos ajudar essas famílias verdadeiramente, sem o instinto natural de assistencialismo concentrados em apenas um período a cada 12 meses. É possível fazer mais!
De forma duradoura e efetiva, levando dignidade a esses brasilienses.
Aproveitando o período do Natal e o despertar da solidariedade e da fraternidade, que 2020 seja um ano em que esses sentimentos estejam presentes cada vez mais entre a população brasileira e, em especial, do Distrito Federal.
Paula Belmonte
Deputada federal
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