Diversão e Arte

Artistas da cidade se dividem entre projetos próprios e participações

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília

Correio Braziliense
postado em 18/01/2020 06:05
Brasília, tida como um celeiro de músicos é também um autêntico caldeirão sonoro de onde emergem ritmos variados. Essa diversidade de estilos é ouvida em incontáveis palcos da capital, que se destacam em teatros, casas de shows, bares, restaurantes, tendas e, nos cada vez mais ocupados, espaços urbanos.

Além disso, boa parte de cantores e instrumentistas brasilienses contribuem para que os mais variados gêneros musicais sejam propagados, ao exibirem ecletismo em relação ao gosto e interesse por diferentes propostas artísticas. Há quem demonstre talento e técnica apurada tocando choro, samba e baião, ou cantando pop, rock, blues e jazz.

No período que antecede o carnaval e durante a folia há também músicos que momentaneamente, deixam de lado os grupos ou as bandas das quais são integrantes, para cair na farra. Eles mostram familiaridade com marchinhas clássicas ou sucessos da axé music, ao se juntarem a orquestras e conjuntos formados para animar os muitos blocos que surgiram nos últimos anos.

Um panorama desse multifacetado universo musical é mostrado pelo Correio a partir do depoimento de alguns personagens, que buscam fugir da condição inerente à cidade, vista em outros pontos do país como o “centro do poder”, que se caracteriza pela nefasta burocracia, por ser hospedeiro de políticos e tecnocratas.

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília
Letícia Fialho 

Embora ultimamente tenha se dedicado mais ao trabalho solo, a talentosa cantora e compositora Letícia Fialho é uma das fundadoras e integrantes do grupo feminino de forró Chinelo de Couro, que toca baião, coco, ciranda e maracatu, surgido no Festival Universitário de Música, na UnB, em 2013. “Faço parte também do Contém Dendê, que tem como foco a música negra brasileira, e participo de outros projetos. No carnaval, me dedico totalmente ao bloco Essa Boquinha Eu Já Beijei, do qual sou também uma das fundadoras. No dia 24 próximo, vamos nos apresentar no Outro Calaf (Setor Bancário Norte), numa festa com a marca da diversidade”, adianta.

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília
Jones Cavalante 

Pianista da banda de baile Squema Seis há 10 anos, Jones Cavalante é, também, um dos integrantes do duo Pianocello, com o violoncelista Rafael Frotgar, que cumpre temporada na Dolce Far Niente da Avenida Castanheira, em Águas Claras; e da 215 Sul. “Amanhã, tocamos em Águas Claras, a partir das 20h. Fazemos apresentações também na rede de lojas Pecorino, em festas particulares e casamentos”, relata. “Nosso repertório traz clássicos da MPB e do por rock nacional e internacional, além de temas famosos de filmes”, completa. 

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília
Beto Peres 

Com uma carreira dedicada ao rock, iniciada em meados da década de 1980, Beto Peres é fundador, líder e guitarrista da banda Hollywood, mas que se desdobra tocando em outros grupos, entre os quais, o DuoTrio, Ôzenta e Últimos Românticos. “O repertório desses três últimos traz clássicos da MPB e do pop rock nacional e internacional. A Hollywood é especialista em músicas marcantes de propaganda dessa marca de cigarro, compostas por nomes famosos do hard rock, como Asia, Peter Frampton, Santana e Whitesnake”, conta. “Hoje, com a Hollywood, faremos show, às 22h, na UKMusic Hall (411 Sul)”, acrescenta. 

Aline Lakis 

Ligada à música há mais de uma década, a brasiliense Aline Lakis, desde 2017 é, vocalista da banda Diamond Rock, que se dedica ao pop rock internacional e costuma fazer show em bares do Plano Piloto e Taguatinga. A paixão pelo rock a leva a tomar parte de outros projetos, entre eles com as bandas Women Rock, de clássicos do gênero, e da Rota 60, especialista em Pink Floyd. “Entre meus ídolos e referências, cito Amy Winehouse, Etta James, Aretha Franklin, Marisa Monte, Bruce Dickinson (Iron Maiden) e Robert Plant (Let Zeppelin), destaca. 

Elaine Dória 

Vocalista da Banda Brasiliana, Elaine Dória diz que faz muitos bailes em clubes e eventos particulares, tendo a MPB como carro-chefe. “É a esta banda que mais me dedico, mas canto também na Sunflower Jamm e participo de outros projetos, mas sempre cantando músicas dos meus ídolos Carano Veloso, Gilberto Gil, Djavan, Maria Bethânia e Marisa Monte. Das pessoas que nos assistem, temos recebido ótima acolhida”. 

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília
Breno Alves

Um dos nomes de maior destaque na cena do samba brasiliense, Breno Alves, vocalista e pandeirista do 7 na Roda, se apresenta hoje, às 21h, ao lado do bloco Eduardo e Mônica, em grito de carnaval no Espaço Cultural Canteiro Central (Setor Comercial Sul). Ele é muito requisitado para participar de outros projetos. Quarta-feira última, por exemplo, ele formou na banda que acompanhou Teresa Lopes e o sambista carioca Moyseis Alves, no Bar Santa Fé, em condomínio do Jardim Botânico. “Costumo tocar com o grupo Goiabada Cascão e vários sambistas da cidade. Aos sábados, com Valerinho, Dudu 7 Cordas e Guto Martins, me apresento na Feijoada do Café Musical do Clube do Choro”, comenta. 

Safira Alves 

Backing vocal da BSB Disco Club, Safira Alves, filha do DJ Jamaica, é cantora há 10 anos. Acompanhada por DJ, ela costumo cantar na festa Makossa, voltada para a black music. “A música faz parte da minha vida e não recuso nenhum convite para tomar parte dos mais diversos projetos. Dois deles são o Elemento em Movimento, que ocorre em Ceilândia; e o Hip-Hop Mulher, com rappers das satélites, coordenado por Cleo Street”, ressalta. 

Assim, eles mostram toda a versatilidade musical de Brasília
André Gonzales 

O ex-vocalista do Móveis Coloniais de Acaju, com a parada temporária da banda, criou a Sr. Gonzalez Serenata Orquestra que, desde 2017, anima bailes, principalmente no Clube Previdenciários. Anteriormente, ele tinha um projeto alternativo intitulado Axé 90, que fazia releitura dos grandes hits da axé music. “Agora, no período do carnaval, nos juntamos a músicos do Consuelo, Muntchako e Passo Lago na banda Êaêaôô Axé 90. Em 8 de fevereiro, vamos ocupar a área do Museu Nacional da República com o bloco Quem chupou vai chupar mais, num grande pré-carnavalesco contra todo e qualquer tipo de preconceito”, anuncia Gonzales. 
 
 
 
 

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