Correio Braziliense
postado em 30/01/2020 04:08
A floresta e seus habitantes são alvo de uma noite de debates que vão ocupar centros culturais de 180 cidades em 75 países nos cinco continentes. Organizada pela Embaixada da França e pelo Instituto Francês no mundo inteiro, simultaneamente, a Noite das ideias mobiliza cientistas e artistas em torno de um tema com mesas de debate, exposições, apresentações musicais e exibição de filmes. Este ano, sintonizado com a atualidade, o Instituto Francês escolheu como tema Ser vivo e floresta, uma reflexão sobre os modos de viver e de se relacionar com a natureza.
Hoje, entre 8h e 00h, a Aliança Francesa recebe uma programação com três mesas redondas, exibição de filmes e apresentação de artistas que vão refletir sobre dois eixos: a floresta como ser vivo e como local de seres vivos. “A ideia é fazer um debate com diferentes pontos de vista sobre assuntos da atualidade a partir de descobertas científicas”, explica Vincent Zonca, assessor do consulado da França no Rio de Janeiro e responsável pela organização da Noite das ideias no Brasil. “É uma noite de popularização científica para tornar acessíveis ao público as últimas descobertas científicas sobre um certo tema.”
A poeta Ana Rossi, o fotógrafo Ricardo Stuckert e o ativista Tashka Yawanawá, chefe do povo indígena Yawanawá no Acre, dividem uma mesa para refletir sobre o tema Ver a floresta. Ana Rossi é professora do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da língua guarani.
Ela vai ler um poema da cosmogonia guarani sobre a origem do mundo. “Esse poema tem a ver com essa questão do mundo das florestas e dos deuses”, explica Ana. “Cosmogonia significa visão de mundo e fala da criação do mundo a partir da visão dos guarani. Cada povo tem uma maneira de explicar como o mundo começou a existir e esse poema resgata isso, fala do deus inicial que foi criando as coisas.”
Às 20h50, antes da segunda mesa, será a vez de apresentar o curta Plantae, animação de Guilherme Gehr. Na tela, um madeireiro se prepara para cortar uma árvore de grande porte. “A grande metáfora é que, uma vez que você desmata, você perde algo para sempre: é irreparável a perda gerada pelo desmatamento massivo que a gente vê no mundo inteiro”, explica. Na animação, a árvore de grande porte abriga também centenas de outras espécies que nela sobrevivem. Ao desaparecer, ela leva sencial para a vida do bioma.
Noite das ideias
Hoje, das 18h às 00h, na Aliança Francesa. Entrada gratuita
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