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Saiba mais sobre os artistas indicados na categoria Melhor Ator no Oscar

Atores de origens e gerações variadas disputam acirradamente o maior prêmio da indústria do cinema

Correio Braziliense
postado em 02/02/2020 06:43
Leonardo DiCaprio, indicado por Era uma vez em... Hollywood 
 
Pela quarta vez na disputa pelo Oscar, o ator Joaquin Phoenix é dado como vencedor líquido e certo, mesmo diante de concorrentes de peso como Antonio Banderas e Adam Driver (selecionado por História de um casamento, e um nome da moda nos cinemas). Na pele do Coringa, Phoenix domina cada cena do drama valorizado com 11 indicações ao prêmio. Confira, a seguir, outros nomes na corrida pelo Oscar de atuação. Há dos que, na vida pessoal, levantam bandeira em defesa de causas (Brad Pitt e Leonardo DiCaprio), há os que ostentam virada de mesa nos tipos sistematicamente representados (Joe Pesci) e ainda aqueles veteranos, lembrados pela excelência (Jonathan Pryce, Anthony Hopkins e Al Pacino).

Jonathan Pryce
•  Melhor ator em Cannes, por Carrington (1995), o ator galês de 72 anos demorou a ser reconhecido pela Academia; agora, em Dois papas, está na primeira indicação ao Oscar. Admirador ferrenho de Fernando Meirelles, diretor do filme, Pryce, lembrado por Game of Thrones e pelo papel do marido de Glenn Close, em A esposa, conta que tem simpatia pelo papa Francisco (papel que interpreta) “num plano político”. O tom gentil do pontífice Jorge Bergoglio foi absorvido, ao observar vídeos. Ator destacado em Evita (1996), Pryce foi vilão de um 007 e um dos preferidos de Terry Gillian (Brazil: o filme). Um dos momentos altos no cinema foi em O sucesso a qualquer preço (1992), possibilitado pela formação no Royal Shakespeare Company e na Royal Academy of Dramatic Art.


Leonardo DiCaprio
• São 26 anos de intimidade entre DiCaprio e o Oscar: agora, ele está pela sexta vez candidato a melhor interpretação (em 2016, venceu por O regresso). No campo do Globo de Ouro, o ator formado por James Cameron e Martin Scorsese acumula 12 indicações. Em Era uma vez em... Hollywood, o guru é outro: Quentin Tarantino. “O longa é formalmente marcado pelo enorme conhecimento de Tarantino acerca da história do cinema”, pontuou DiCaprio. O astro de fitas como Diamante de sangue (2007), nascido em 1974, concorre pelo papel de Rick Dalton, ator fracassado de westerns. DiCaprio — um ex-morador do cruzamento entre Hollywood Boulevard e via Western —, por sinal, cresceu na indústria alardeada pelo filme.


Antonio Banderas
• Um ataque cardíaco, há dois anos, mudou muitos hábitos do ator espanhol, hoje, com 58 anos. Já na tela, depois de oito filmes juntos, foi Pedro Almodóvar quem detectou “uma nova era” para o ator, sagrado vencedor de troféu no Festival de Cannes 2019, ao interpretar o cineasta Salvador Mallo, claramente inspirado em Almodóvar, no filme Dor e glória. A parceria entre ambos, iniciada nos anos de 1980, foi retomada, há nove anos, com A pele que habito. O ator que conquistou Hollywood com longas como Entrevista com o vampiro (1994) e A lenda do Zorro (2005), e em parcerias com Woody Allen e Chris Miller (para o qual dublou Gato de Botas), é apenas o terceiro ator do Oscar a interpretar em espanhol.



Coadjuvantes


Joe Pesci
• Foi por meio da confraria Robert De Niro, Scorsese e Pesci que o mafioso Russell Buffalino ganhou vida na tela, em O irlandês. A perspectiva bem diferenciada de encarar contantes personagens turrões reativou o ânimo de Pesci, quase aposentado: “Eles me tiraram da situação de encalhado”. Com 77 anos a serem completados no dia do Oscar, Pesci volta ao pódio em que já foi consagrado por Os bons companheiros, em 1991. Popular em fitas como Esqueceram de mim (1990), o ator desembocou natelona praticamente pelo mesmo esquema de ação entre amigos, na pele do irmão de Jack La Motta, em Touro indomável
 
.Brad Pitt 
• “Sem honestidade no cotidiano de ator, a emoção não chega ao público”, já declarou Pitt, na quarta indicação ao Oscar. O ator de Os doze macacos (1996), ultimamente tem brilhado como coprodutor de longas como Moonlight. Aos 56 anos, o astro de Ad Astra (2019), vira e mexe, alardeia uma eterna rigidez “nos princípios morais” repassados pelo pai. No papel de um dublê, em Era uma vez em... Hollywood, ele atenta para os cuidados de “um vazio pessoal” possível para quem está no ramo do cinema. Quanto ao filme de Tarantino, decreta que “o cinema, à época retratada (anos 70), era o único escapismo conhecido”.

Al Pacino
• Desde 1993, Al Pacino, que, dia desses, chegou aos 80 anos, não recebe um Oscar. Por O irlandês, alcança a nona indicação ao prêmio vencido por Perfume de mulher. Ex-aluno do lendário Charles Laughton e formado pelo prestigioso Actors Studio, Pacino ocupou a quarta posição em enquete da revista Empire como uma dos 100 maiores astros de todos os tempos. Filmes como Fogo contra fogo (1995) e O advogado do diabo (1997) reforçam uma carreira constituída de personagens que cercam contravenções. Desde os anos de 1970, o ator que serviu a Francis Ford Coppola (na saga O Poderoso Chefão) e Sidney Lumet (Serpico e Um dia de cão) burila carreira irrepreensível.

Tom Hanks 
• A árvore genealógica nobre do ator de 63 anos revela um parentesco entre Hanks e o presidente Abraham Lincoln. Formado em arte dramática (por Harvard), e há 19 anos longe da competição pelo Oscar (com Náufrago), Hanks, à frente do longa Um lindo dia na vizinhança poderá, caso ganhe, se tornar o quarto ator com três estatuetas: junto com Jack Nicholson, Daniel Day-Lewis e Walter Brennan. Parceiro sistemático de Steven Spielberg, premiado por Forrest Gump e Filadélfia (1993), ex-dependente químico, e popular com comédias que vão de Splash a Sintonia de amor, entre tantas outras, Hanks parece estar novamente no topo.

Anthony Hopkins
• Um nome seguido do sobrenome — Hannibal Lector — basta para se notar a dimensão do impacto do ator que é cavaleiro do Império Britânico, e fez história, ao interpretar o vilão canibal de O silêncio dos inocentes, pelo qual ganhou Oscar. Personificar o papa Bento XVI rendeu a Hopkins a quinta indicação ao prêmio. Aos 82 anos, ele é lembrado pela gama de personagens diversos, encarada em fitas como Amistad (1997) e Nixon (1995). Filmes como Terra das sombras (1993) e Vestígios do dia (1993) reforçaram um caráter romântico no intérprete. Numa pesquisa, Hopkins só perdeu o posto de melhor ator britânico para Laurence Olivier.
 
 
 

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