Diversão e Arte

René Sampaio retorna com adaptação cinematográfica de Eduardo e Mônica

O romance de um casal que supera as diferenças para ficar junto estreia no 37º Festival internacional de Miami e depois em 11 de junho, no Brasil

Correio Braziliense
postado em 05/02/2020 07:00
O romance de um casal que supera as diferenças para ficar junto estreia no 37º Festival internacional de Miami e depois em 11 de junho, no Brasil

Quando se fala em Brasília, é praticamente impossível não vir à mente a banda mais famosa da cidade, a Legião Urbana. Icônica, o legado é enorme. Bandas de rock, e até mesmo de outros gêneros, recebem até hoje a influência da Legião, que vai além dos palcos musicais.

Em 2013, chegou aos cinemas a adaptação de um dos maiores sucessos da Legião, Faroeste caboclo. A repercussão nacional foi enorme. Não era para menos, afinal o grupo está na primeira prateleira do cenário musical brasileiro. O cineasta encarregado deste projeto foi René Sampaio, nascido em Brasília.

Agora, o diretor retorna para outra adaptação de um sucesso da Legião. Desta vez, as câmeras  miram Eduardo e Mônica, canção que acompanha a trajetória de um casal que supera as diferenças de idade e personalidade para viver uma história de amor.

René Sampaio entende o peso que é adaptar as músicas de Renato Russo e da Legião Urbana e vê esse desafio como algo positivo. “Todo filme carrega incertezas no processo de execução. Mas quando entra um componente como uma música tão famosa, eu vejo como uma oportunidade de se comunicar com muita gente. Você sabe que será um assunto que vai interessar a muitas pessoas”, aponta o diretor. “Não me sinto pressionado, e sim agradecido por adaptar algo que eu amo e faz parte da minha vida”.

O novo longa chega primeiro às telas de um festival cinematográfico internacional. Em 8 de março, o filme estreia no 37º Festival internacional de Miami, apresentando a crônica musical de Renato Russo. Após, o longa será lançado nas telonas brasileiras em 11 de junho.

“Acho muito importante estrearmos o filme neste festival internacional, vai nos abrir muitas portas e espero que o filme viaje bastante. Eduardo e Mônica é uma história que tem uma comunicabilidade universal”, ressalta o diretor que ainda enfatiza a importância dos filmes brasileiros estarem se destacando tanto no país quanto mundo afora. “É muito importante para o cinema brasileiro ter filmes que são aclamados pelo público e pela crítica. Desde Minha mãe é uma peça, que é um sucesso nacional, a Petra (Costa) no Oscar. Isto mostra resistência e a importância que o cinema brasileiro tem”, define René Sampaio, que torce para que Eduardo e Mônica tenha a mesma relevância. “Espero que ele (o filme) consiga alguns tijolinhos nessa construção de valores. É um filme que fala muito sobre as diferenças entre as pessoas e, nesse momento, é importante tratarmos sobre esse tema”.

Eduardo e Mônica tem como pano de fundo Brasília, além do Rio de Janeiro e Chapada dos Veadeiros, e se passa na metade da década de 1980, mais precisamente em 1986, ano em que a banda Legião Urbana lançou o álbum Dois, que contém clássicos como Tempo perdido, Índios e, claro, Eduardo e Mônica.

Dando vida aos protagonistas estão Alice Braga e Gabriel Leone, como Mônica e Eduardo, respectivamente. Além dos dois, ainda integram a produção os atores Otávio Augusto (como o avô de Eduardo), Juliana Carneiro da Cunha (mãe de Mônica), Victor Lamoglia (Inácio, amigo de Eduardo), Bruna Spínola (Karina, irmã da Mônica) e Fabrício Boliveira, o João de Santo Cristo de Faroeste caboclo, faz participação especial.

O diretor brasiliense revela que Faroeste caboclo e Eduardo e Mônica fazem parte de uma trilogia. “Agora que terminamos Eduardo e Mônica, vamos começar as negociações para o filme de uma próxima música do Renato Russo e Legião Urbana. O plano é que saia este terceiro filme, e já tenho em mente uma música, que ainda não vou revelar”, conta o diretor.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

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