Diversão e Arte

Sequência da franquia Para todos os garotos estreia na Netflix

A continuação mostra a protagonista dividida entre dois amores

Correio Braziliense
postado em 05/02/2020 07:00
A continuação mostra a protagonista dividida entre dois amores

São Paulo — Em 2014, a autora Jenny Han deu o primeiro passo para uma franquia de sucesso ao lançar o primeiro livro de uma trilogia de romance conhecida como Para todos os garotos e protagonizada pela sonhadora Lara Jean. Quatro anos depois, a Netflix disponibilizou em seu catálogo a versão em filme da história. Estrelada por dois estreantes Noah Centineo e Lana Condor, o romance fez  sucesso estrondoso, que surpreendeu a todos, colocou os longas do gênero de volta ao topo e a trilogia entre as preferidas do serviço de streaming pelo mundo, incluindo o Brasil.

“A gente nem imaginava que seria sucesso na América. Começou como um filme independente, sem distribuição e entrou na Netflix antes dela ser grande. Quando estreou foi o momento perfeito. Mas se você tivesse me dito que seria um dos grandes projetos da Netflix, eu teria falado que só acreditaria vendo”, revela Noah Centineo. “Nós sabíamos que havia fãs (do livro), mas não tínhamos distribuição e nem sabíamos quando as pessoas iriam ver o filme. Quando saiu, mudou tudo para mim. As oportunidades começaram a surgir. Mas eu nunca imaginei que fosse ser o fenômeno que se tornou”, completa Lana Condor.

A dupla de protagonistas esteve no Brasil na última semana de janeiro para divulgar a sequência do filme Para todos os garotos — PS: Ainda amo você, que estreia em 12 de fevereiro na Netflix. Noah e Lana participaram da primeira edição do Tudum Festival Netflix — convenção do streaming que reuniu o elenco brasileiro do serviço e ativações de séries de sucesso entre o público mais jovem — de uma pré-estreia para convidados, e ainda de uma agenda de imprensa.

Sempre seguidos por uma legião de fãs apaixonados por Lara Jean, a jovem que, no primeiro filme, tem as cartas de amor entregues misteriosamente para os antigos paqueras, e Peter Kavinksy, um dos destinatários com quem ela acaba engrenando um romance.
Assim como no livro, o segundo filme se debruça sobre o desenvolvimento do relacionamento de Lara Jean e Peter, ao mesmo tempo em que entrega um novo conflito. Havia uma carta para a qual a protagonista não havia tido resposta. Era a declaração a John Ambrose (Jordan Fisher), antigo colega, com quem Lara compartilhava muitas coisas em comum. Inesperadamente, a resposta chega e mexe com o coração da jovem, que começa a ficar dividida entre os dois amores.


“É engraçado, porque quando estávamos gravando o filme parecia que estávamos fazíamos dois ao mesmo tempo, porque eram (cenas) tão diferentes. Mas, para ser completamente honesta, foi bem confuso para mim, porque um dia eu estava focada em Peter e no outro em John Ambrose, depois, em Lara Jean. Quando gravamos em Belleview (asilo para idosos que Lara Jean é voluntária com John no filme), havia mais movimento, mais cores, fazíamos mais coisas. E, quando você olha as cenas com o Peter, era algo mais íntimo, eram mais conversas. Era bem diferente. Foi difícil”, explica Lana sobre as diferentes nuances que teve que adotar durante a filmagem do longa-metragem, já que, de fato, ela colocou na tela versões distintas de Lara Jean.

Para Noah, foi interessante dividir o protagonismo e o coração da protagonista no segundo longa. “Senti-me bem em voltar para Vancouver (no Canadá, onde foram feitas as gravações) com todo mundo. Somos uma família. Conheço Jordan Fisher, que interpreta John Ambrose, desde os 8 anos. Nós dois crescemos juntos em Los Angeles nas audições e essas coisas. Então, não parecia que existia uma competição, porque nos respeitamos muito como atores. Foi muito divertido estar ao lado de alguém tão talentoso como ele. Ele só apareceu e fez tudo muito bem. Ele trouxe tanto amor para o personagem”, revela.

Desenvolvimento

A sequência de Para todos os garotos desenvolve mais a história e se aprofunda nos conflitos dos personagens. Lara Jean, por exemplo, tem a exploração maior do amadurecimento como mulher e das questões relacionadas ao sexo. A personagem  é jovem e tem dúvidas sobre como lidar com isso por ser virgem. “Sinto que Lara Jean tem muito ainda a amadurecer como uma jovem mulher, e ela está tentando encontrar sua voz e seu espaço. Então isso foi muito importante para mim. É difícil às vezes para ela crescer. Não é só sobre os garotos. Acho importante abrir um diálogo sobre como é ver uma jovem menina crescer”, avalia a intérprete.

Lana Condor acredita que o filme também tem um papel importante de dialogar sobre o sexo, principalmente, por ser um conteúdo que tem como foco exatamente o público mais jovem. “Eu tive muitas conversas com Jenny Han sobre isso, porque acho que é muito importante ter conversas sobre sexo. Eu realmente queria mostrar ao público que o que você decide com o seu corpo é a sua escolha, esse é o seu poder”, acrescenta.

Para o personagem de Noah, o desenvolvimento vem ao começar a mostrar que o personagem não é completamente perfeito, algo que ainda será explorado no terceiro filme. “Uma coisa que fazemos é que, quando nos apaixonamos por alguém, a gente coloca a pessoa num pedestal e isso rouba a humanidade dessa pessoa. E nós cometemos erros, somos pessoas. Poder explorar esse lado do Peter é necessário e o humaniza, o faz mais relacionável ainda. Acho que é muito importante”, define o protagonista.


Trilogia

Seguindo o modelo do livro, Para todos os garotos será uma trilogia. O terceiro filme foi gravado ao mesmo tempo que o segundo. Apesar de já estar pronto, a Netflix ainda não divulgou informações sobre o enredo nem do lançamento da obra. Mas os atores já começaram a falar sobre a sequência. Para Lana, o terceiro filme será uma oportunidade de falar mais sobre sexo. “Eu espero que essa conversa continue sendo parte da narrativa, porque é uma parte de ser uma jovem adulta. Adoraria continuar a promover isso, essas conversas”, comenta.

No caso de Noah, ele revela que Peter terá um arco diferente, mais profundo, que abordará as inseguranças e a relação com família. “A gente sabe um pouco do passado dele, por causa do primeiro e do segundo filme. Mas os primeiros filmes não têm um arco pessoal de Peter, ele é constante, está lá. E o público o ama, porque ele é o namorado, é romântico, pode protegê-la, luta por ela. Estou empolgado para que as pessoas conheçam mais do Peter”, afirma.

*A repórter viajou a convite da Netflix
 
 
 
 
 

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