Novo formato de festa

Correio Braziliense

postado em 12/02/2020 04:28

Depois de criar uma expectativa na população anunciando a vinda de atrações, como Psirico, Elba Ramalho, Preta Gil e Glória Groove, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF voltou atrás. Ontem, em coletiva de imprensa, o secretário Bartolomeu Rodrigues pediu desculpas e comunicou a mudança do polo carnavalesco que seria montado na Esplanada dos Ministérios para a área externa do Complexo Cultural da Funarte. “Não estamos cancelando a festa de carnaval, estamos transferindo”, esclareceu.

De acordo com Rodrigues, três razões motivaram a pasta a rever o modelo de carnaval anunciado no começo do mês. O primeiro seria a valorização dos artistas locais. “Com todo o respeito aos artistas que viriam, mas vamos valorizar os artistas locais”, pontuou o secretário. A preocupação com a segurança também foi determinante para a mudança do modelo. Rodrigues preferiu não adiantar o esquema que será implementado na Funarte. Contudo, garantiu que tem se reunido tanto com a Secretaria de Segurança do DF quanto com o governador Ibaneis Rocha para articular um trabalho em conjunto, com os melhores dispositivos de segurança e o que houver de mais moderno em tecnologia.

“A economicidade fecha o terceiro eixo básico da mudança. Carnaval é para brincar, mas não se brinca com dinheiro público. Em termos de participação do Estado, ouso dizer que é o carnaval do Brasil com menor participação do Estado”, afirmou o gestor. Segundo o secretário, dos R$ 3,7 milhões dos recursos da Lei Orçamentária Anual (LOA) destinados ao carnaval, serão utilizados R$ 1,2 milhão. O restante será aplicado em políticas culturais para o aniversário de 60 anos da cidade.

O projeto original requeria um maior investimento da iniciativa privada, o que não aconteceu. “Não é que não houve interesse dos patrocinadores, é que pensamos em algo grande e decidimos ter os pés no chão e economizar os recursos públicos”, justificou o gestor.

Com o novo modelo, a programação será de sábado a terça, com atrações locais, cerca de 16, e apresentação das baterias das escolas de samba do grupo especial do carnaval brasiliense. “Brasília está construindo um modelo de carnaval. É um momento de fazer um carnaval genuinamente brasiliense”, comentou Rodrigues.

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