Diversão e Arte

Songbook reúne seleção do trabalho de composição de Gabriel Grossi

Grossi diz que quando viu outras pessoas tocando suas músicas, se deu conta de que tinha muitas composições e sentiu necessidade de jogar isso para o mundo

Correio Braziliense
postado em 04/03/2020 07:00
Entre os músicos que deixaram Brasília nas duas últimas décadas, um dos que mais tem brilhado nacional e internacionalmente é Gabriel Grossi. Com frequentes turnês pelo exterior, o gaitista mantém uma produção profícua no país, já tendo lançado 12 álbuns, entre os que gravou sozinho e os que fez com parceiros.

O mais novo marco na trajetória de Grossi é o songbook. O livro com partituras ganhou edição de luxo com páginas pretas e as partituras em tinta branca, que trazem 40 composições de todas as fases da carreira do artista, incluindo músicas inéditas. “Esse lançamento marca um momento especial, um outro degrau da carreira no qual começo a colher frutos das sementes plantadas e ter alegria de compartilhar minhas composições para um maior número de pessoas. Além disso, também sinto o peso da responsabilidade de deixar um legado,” reflete o instrumentista.

Grossi diz que quando viu outras pessoas tocando suas músicas, se deu conta de que tinha muitas composições e sentiu necessidade de jogar isso para o mundo. “A composição é a expressão máxima do meu interior. O songbook torna-se esse momento eternizado em uma tela atemporal’, afirma, ao se referir ao novo projeto. Em constante atividade, o gaitista está em fase de produção de um novo álbum, intitulado Plural.


Grossi diz que quando viu outras pessoas tocando suas músicas, se deu conta de que tinha muitas composições e sentiu necessidade de jogar isso para o mundo


Você iniciou a carreira na adolescência aqui em Brasília. Qual foi sua formação?
Sou um músico autodidata que, aos 17 anos, comecei a tocar harmônica no âmbito do Clube do Choro. Recebi aulas do mestre Maurício Einhorn, que contribuíram para meu aperfeiçoamento. Em Brasília, toquei e acompanhei grandes músicos brasileiros como Hermeto Pascoal, João Donato, Guinga, Dominguinhos, Carlos Malta e Hamilton de Holanda, o que se tornou um ótimo aprendizado. No início, também fiz shows com Daniel Santiago, companheiro de geração.


A ida para o Rio de Janeiro foi na mesma época que o Hamilton de Holanda?
Fui em 2003, um pouco antes do Hamilton de Holanda, e logo comecei a tocar com o grupo do Paulo Moura. No mesmo ano, lancei o meu primeiro disco, Diz que fui por aí, com a participação do Hamilton e do Marco Pereira.


Sua discografia tem quantos títulos?
Lancei 12 discos, a maioria solo e alguns com outros músicos, entre eles Hamilton Godoy, Diego Figueiredo e Félix Júnior. Destaco, por exemplo, Afinidade, de 2005, que gravei com Marco Pereira, em homenagem ao jazzista belga Toots Thielemans, mestre da harmônica.


De volta à origem, você gravou aqui na cidade, no Teatro Plínio Marcos, da Funarte, Em movimento, CD e DVD com vários convidados especiais. Que importância atribui a esse projeto?
Com o Em movimento celebrei 20 anos de carreira e tive o privilégio de ter comigo no palco, para as gravações ao vivo, os mestres Hermeto Pascoal e Maurício Einhorn e os companheiros de ofício André Vasconcellos, Eduardo Farias e Rafael Barata. O encontro com eles e o resultado obtido me encheram de muita satisfação.


Que tipo de dificuldade teve para reunir as partituras de 40 composições de sua autoria no songbook?
Sentia necessidade de reunir minhas composições num livro para que as pessoas pudessem tomar conhecimento integralmente da minha produção. Por isso, me dediquei durante os últimos seis meses a esse trabalho. Já dispunha de 20 partituras no meu site. Para escrever as outras contei com a colaboração do pianista Eduardo Farias, que costuma me acompanhar em shows. Há músicas inéditas, como Bem-vindas, que fiz para Catarina e Teresa, minhas filhas gêmeas, e Botero, composta em homenagem ao artista plástico colombiano Fernando Botero. Houve alguma dificuldade para realizar esse projeto, mas o resultado compensou o esforço. Inicialmente, as disponibilizei nas plataformas digitais, e agora estou lançando no formato físico.


Em que fase está a produção do Plural, o novo álbum?
Plural é um álbum de composições inéditas, com 11 faixas, sendo cinco instrumentais e seis cantadas por Zélia Duncan, Leila Pinheiro, Lenine, Ed Motta, entre outros. Espero fazer o lançamento ainda neste semestre com alguns shows, inclusive em Brasília.



Songbook
Livro com partituras de 40 composições. Produção independente. Preço sugerido R$ 50
 
 
 
 
 
 

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