Diversão e Arte

Orquestra Sinfônica apresenta concerto nesta terça-feira no Cine Brasília

Sob a regência do maestro gaúcho Antônio Borges Cunha, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional exibe composição inédita do timpanista Carlos Tort

Correio Braziliense
postado em 10/03/2020 08:11
Maestro Antônio Borges Cunha: sonoridades sutis e desejo de serenidade

Evocação de paz e serenidade está contida nas peças que a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro apresentará nesta terça-feira (10/3), às 20h, no Cine Brasília, sob a regência do maestro gaúcho Antônio Borges Cunha. Sons de vento e sinos, sonoridades sutis e economia de gestos são outras impressões que marcarão o concerto.

O programa trará na abertura Vento Norte, composição inédita de Carlos Tort, timpanista da OSTNCS. Na sequência, o público poderá apreciar duas criações de Borges Cunha: Contingências e Noturno para Piano e Orquestra. Essa terá como solista a pianista brasiliense Lígia Moreno. Frates, peça contemporânea do estoniano Arvo Pärt; e L’Oiseau de Feu (Pássaro de fogo), clássico da obra de Igor Stravinsky, serão ouvidas na segunda parte.

Feliz com a estreia de Vento Forte, Carlos Tort explica que compôs a peça em 2019, embalado por memórias dos tempos de bacharelato da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), quando foi aluno de Borges Cunha. “Tive como inspiração o fenômeno atmosférico típico da região. A cidade localizada entre terras altas e baixas (os pampas) é açoitada por ventos quentes do Norte que, ao se encontrarem com as temperaturas amenas do Sul, produzem tempestades com bruscas variações térmicas”.

Borges Cunha, um dos fundadores do programa de mestrado e doutorado em composição musical da UFRGS, é doutor em música pela Universidade da Califórnia e detentor do título de mestre em música no New England Conservatory de Bostin (EUA). Sua música, apresentada em países das Américas e da Europa, tem sido tema de pesquisas acadêmicas.

“Compus Contingências em 1981, a partir de uma peça para clarinetes, escrita em papel milimetrado. Naquela época, como aluno do nestre alemão Hans-Joachim Koellreuter, recebi estímulos para realizar ensaios composicionais a partir de sonoridades rústicas, que fazem parte do meu imaginário sonoro”, conta o compositor. “Já Noturno para piano e orquestra, que estreou em 2018, revela as características de minha música atual, demarcadas por sonoridades sutis, expressando o desejo de paz, serenidade, beleza e sublimação”, acrescenta.

Sobre o concerto desta noite ele diz: “Agradeço ao maestro Cláudio Cohen pelo convite e pela oportunidade de se apresentar um programa especial, integrando obras inéditas com obras consagradas no repertório orquestral”. Ele também elogia a musicalidade e o comprometimento da pianista Lígia Moreno e dos músicos da sinfônica, tendo como base os ensaios já realizados.

Mestra em música pela Universidade de Brasília, Lígia Santana iniciou os estudos de piano aos cinco anos de idade no Conservatório de Música de Brasília. Aluna de Vânia Marise, na Escola de Música, fez sua estreia como solista aos 10 anos, à frente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, sob a regência de Júlio Medaglia.

“Fui a única pianista brasileira selecionada para ser bolsista do III Internacional Piano Festival em Oxford (Inglaterra), em 2001. Cinco anos depois, ao ser laureada no II Concurso Grieg-Nepomuceno, empreendi turnê pela Noruega, onde fiz recitais mas cidades de Oslo e Begen. Em 2007, tive Nyrian Daulaberg como professora”, lembra Lígia, que se apresentou também na França, Portugal, Espanha, Dinamarca, Holanda e Grécia. Atualmente, além de recitalista e concertista, ela exerce a atividade de docência e acompanhamento na UnB.

Serviço
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro
 
Concerto nesta terça-feira (10/3), às 20h, no Cine Brasília (Entrequadra 106/107 Sul). Entrada franca. Acesso por ordem de chegada até a lotação do espaço. Os portões serão abertos às 19h15 para idosos e pessoas com deficiência e às 19h30 para o público em geral. Informações: 2017-4030.



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