Diversão e Arte

Charles Cosac permanece na direção do Museu Nacional da República

Ao Correio, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, confirmou que Cosac permanece na direção da instituição


 
"É como se nunca tivesse saído", afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, sobre Charles Cosac. Na última sexta-feira (6/3), Cosac, que estava à frente da direção do Museu Nacional da República, havia enviado uma mensagem de despedida a amigos e pegou o gestor da pasta de surpresa.
 
A saída do diretor, contudo, ainda não havia sido publicado no Diário Oficial do Distrito Federal. "Segurei", explicou Bartolomeu. Ao Correio, o secretário afirmou que Cosac fica no cargo. O secretário esclareceu que não houve acordos. "Passamos a borracha. Todos nós temos nossos momentos ruins. Foi um momento ruim, que já passou. Sem ressentimento". Após repercussão da notícia, Charles voltou atrás da decisão.
 

Despedida 

Na sexta-feira (6/3), Cosac encaminhou uma nota, na qual compartilha a tristeza em deixar a cidade. "É com dor que me despeço de vocês. É com muita amargura, que deixo a Capital, mas fica aqui expresso todo meu afeto por cada um de vocês, minha gratidão, votos de muito sucesso", escreveu. 
 
Questionado pela reportagem, na segunda-feira (9/3), sobre quem assumiria a direção do Museu, Bartolomeu não quis entrar em detalhes. O secretário informou, apenas, que o assunto ainda não tinha se esgotado. Durante esse tempo, a servidora que assessorava Cosac, Marcela Mota, assumiu a gestão da instituição interinamente.  
 
Nota de despedida de Charles Cosac enviada aos amigos: 
  
Eu fiz uma linda viagem de quase quatorze meses.
Desde menino, sonhei morar em Brasília. Sempre me fascinou sua beleza e opulência. Os traços de Lúcio Costa dialogam sobremaneira com a sinuosidade da arquitetura de Oscar Niemeyer.
Das oito cidades em que residi, Brasília foi a que mais me acolheu, a que mais me impressionou. Talvez, a que mais sentirei saudades. 
Da Asa Sul ao centro, eu vivi momentos de encanto sob um sol esmagadoramente belo e envolvente.  
Por quatorze meses, o eixo Monumental foi o meu pulmão e as asas sul e norte, meus braços.
No início, Brasília me veio como uma ave languida e lépida – muito feminina. Com o tempo, fui me incorporando tanto à cidade a ponto de acreditar que o plano-piloto era a minha silueta e o Museu 
o meu coração. 
É com dor que me despeço de vocês. É com muita amargura, que deixo a Capital, mas fica aqui expresso todo meu afeto por cada um de vocês, minha gratidão, votos de muito sucesso.
 
Com sinceridade, 

Charles