Diversão e Arte

Boogarins lançará álbum Manchaca, com quê rústico

Reaproveitar faixas de obras anteriores, menos tratadas, foi a base do novo álbum da banda goiana

Correio Braziliense
postado em 29/03/2020 04:07
O grupo Boogarins: da natureza nada se perde

Muitas vezes, quando uma banda entra em estúdio, alguns materiais não são aproveitados e ficam guardados. O grupo Boogarins resolveu lançar um novo trabalho com o que sobrou dos últimos discos gravados. A preparação da banda de Goiânia para o lançamento foi a divulgação de Inocência e de Tanta coragem, faixas que estarão disponíveis no álbum.

O projeto surgiu após três anos de gravação em estúdios no Texas, nos Estados Unidos. Os últimos álbuns Lá vem a morte (2017) e Sombrou dúvida (2019) são fruto deste processo dos músicos. O novo projeto recebe, inclusive, o nome da rua que moravam em Austin, Manchaca.
 
“O álbum é uma composição de todo mundo da banda, são gravações mais rústicas e menos tratadas de músicas que não puderam entrar nos últimos dois por diversas razões”, afirma Raphael Vaz, baixista e responsável pelos sintetizadores da banda. As duas músicas lançadas foram compostas por ele.

“A intenção desses lançamentos é aproveitar o trabalho feito, muita música não entrou no discos por bobeira. Quando se fecha um conceito para o álbum, coisas ficam de fora para não alongar demais ou porque não necessariamente se encaixariam. A gente só não quis guardar essas coisas, queremos que nossos fãs vejam”, pontuou Raphael, ou Fefel para a banda.
 
Manchaca será lançado também em formato de compacto sete polegadas, mas ainda não possui data por conta de todo problema envolvendo surto de coronavírus, todos os shows da banda foram adiados ou cancelados. As novas canções estão disponíveis para serem escutadas e baixadas no site da banda.
 

Saiba Mais

 

Para o mundo

Desde 2014, Boogarins tem ido e vindo em turnês nacionais e internacionais, e angaria admiradores no mundo todo. O grupo esteve escalado para Rock in Rio, Brasil e Lisboa, Lollapalooza Brasil, Coachella e, mais recentemente, foram atrações principais em um festival na África do Sul.
 
“Tudo é fruto do nosso trabalho, mas fazemos o que podemos para alcançar fãs de vários lugares e as mais diversas idades, a gente não sente que porque já tocamos em muito lugares somos necessariamente uma banda grande”, diz o baixista. “Um dia, tocamos num palco imenso, na beira da praia na África do Sul, e, no outro, estamos em um espaço menor para poucas pessoas em Juazeiro do Norte”, completa.

Quando começaram tocando em pequenos shows participavam de um boom de bandas psicodélicas do início dos anos 2010, mas a cena psicodélica não seguiu com a mesma força. Nós seguimos fazendo o que tínhamos vontade. Para nós, a música tem que ser boa, atual, brasileira e com várias camadas, não nos importamos que isso ultrapasse a barreira do psicodélico”, comenta.

*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira
 
 
 

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