Para além das conhecidas plataformas de streaming de filmes e de séries, há na internet uma variedade de serviços que oferecem ao espectador um modo para fugir um pouco do cardápio convencional. É o caso do site Filme Filme.
Lançada há apenas um mês, a plataforma Filme Filme é um empreendimento da Pagu Pictures que segue o seguinte lema: “Assista mais e procure menos”, como define o fundador e CEO
Bruno Beauchamps. “Você tem um monte de plataformas com milhões de conteúdos. Você entra nelas, fica procurando um tempão e não consegue decidir o que quer ver”, diagnostica
Beauchamp, considerando que, diante de uma profusão de informações, o cérebro humano tende a ficar confuso, indeciso.
Enquanto a quantidade de opções é o chamariz de outras plataformas, a Filme Filme aposta justamente em uma curadoria que restringe o usuário as melhores opções. Todas as semanas,
um conselho formado pela equipa da Pagu e figuras renomadas do cinema seleciona quatro filmes para ficar em cartaz, como estreias da semana. O mais visualizado permanece em cartaz. Os outros três “descem” para o catálogo, e mais três filmes estreiam, todas às quintas-feiras. “É quase um cinema digital”, define o CEO.
O usuário paga apenas pelo filme que assistir, que fica disponível por sete dias. A ideia é que o catálogo seja sempre limitado e focado nas novidades.
O usuário paga apenas pelo filme que assistir, que fica disponível por sete dias. A ideia é que o catálogo seja sempre limitado e focado nas novidades.
Neto de uma célebre âncora jornalística de Paris e filho de um cineasta francês radicado no Brasil, Bruno Beauchamps trabalha em filmes desde os 15 anos, quando foi estagiário no set de Madame Satã. Em 2017, fundou com as sócias Mayra Faour Auad e Ilda Santiago a distribuidora Pagu Pictures, responsável por importante títulos como o italiano Martin Eden e o brasileiro Morto não fala.
Desde o início, Bruno almejava unir a experiência com internet à cinematográfica. “Sempre me coçou a ideia de fazer uma plataforma de streaming diferente, que pudesse pegar
Desde o início, Bruno almejava unir a experiência com internet à cinematográfica. “Sempre me coçou a ideia de fazer uma plataforma de streaming diferente, que pudesse pegar
uma outra fatia do mercado e fazer um trabalho diferenciado do que existia no Brasil. Com todas as energias, comecei a trabalhar em cima do projeto. Foram seis meses de luta. Mais ou menos em setembro do ano passado, engatei uma primeira e fui com tudo. Só parei no dia 5 de março, quando a plataforma entrou no ar.
Nacional. R$ 6 por filme
Outras plataformas
Afroflix
Nacional. Gratuito.
Site colaborativo que reúne produções audiovisuais que tragam profissionais negros à frente ou atrás das câmeras. Qualquer um pode enviar ou indicar filmes.
Darkflix
Nacional. R$ 9,90 por mês.
Plataforma de streaming inteiramente dedicada a filmes de terror, horror e gêneros correlatos. Conta com centenas de títulos, muitos deles nacionais e independentes.
Indieflix
Norte-americano. $ 4,99 por mês.
Serviço de streaming com milhares de produções audiovisuais independentes de vários países desde documentários obscuros até filmes exibidos em grandes festivais.
Libreflix
Uma plataforma aberta, livre e colaborativa cujo objetivo é compartilhar conteúdos gratuitamente e democratizar a cultura, no melhor estilo software livre.
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel