Correio Braziliense
postado em 21/04/2020 04:07
Pela segunda vez consecutiva, Brasília aparece no Prêmio Pipa (leia mais sobre o prêmio no site do Correio) com oito nomes indicados entre 72 artistas de todo o país. Na edição do ano passado, o mesmo número figurou entre os indicados. É uma representatividade considerável em um prêmio que tem como proposta mapear a produção de artes plásticas do Brasil e, sobretudo, descentralizar essa cartografia.
Este ano, estão entre os indicados Alice Lara, Bia Leite, Dalton Paula, João Trevisan, Ralph Gehre, Shevan Oliveira Lopes, Waleska Reuter e Cecília Lima. Além de inserir o Distrito Federal no cenário nacional, a seleção também aponta para a diversidade e variedade da produção local. Há todas as faixas etárias e gerações representadas nesse grupo.
Alguns, como Bia Leite, João Trevisan e Dalton Paula, que transita entre Brasília e Goiânia, estão na segunda indicação. Outros, com carreira estabelecida há mais de quatro décadas na cidade, caso de Ralph Gehre, foram surpreendidos pela indicação, que sempre se apresenta na forma de convite ao artista para participar do prêmio.
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Aos 67 anos, Gehre conta que ficou surpreso. Ele costumava acompanhar o prêmio por causa da participação de vários artistas jovens da cidade. “Mas nunca tinha entrado pra ver regulamento. Como exatamente o prêmio se organizava, eu não sabia”, diz. “Eu já cumpri a construção de um currículo e muitas vezes me inscrevi em prêmios, então daí minha surpresa de ser indicado.”
No caso do Pipa, o artista ganha um espaço na plataforma que ajuda a divulgar o trabalho e fica no ar permanentemente. “O prêmio oferece algo muito valioso que é uma página permanente que pode ser constantemente atualizada pelo artista e que fica lá como espaço de consulta. Eles vão me brindar com uma página deles que é maravilhosa, com vídeos, tudo muito bem-feito”, garante Gehre.
Mesmo sendo indicado pela segunda vez, João Trevisan, 33 anos, também ficou surpreso quando recebeu o e-mail do Pipa. “Não esperava ser indicado novamente. Nem na primeira vez esperava. E menos ainda nessa. Fiquei bem feliz. Para mim, isso é importante, bem importante por causa do trabalho e profissionalmente”, explica. Estar entre os indicados traz uma repercussão para a obra do artista que pode ajudá-lo a percorrer mais rápido um caminho que levaria anos.
Trevisan conta que produz há pouco tempo, cerca de cinco anos, mas que trabalha bastante e isso dá às obras uma certa potência. Para ele, a repercussão é uma consequência da dedicação. “E o prêmio é uma forma de reconhecimento”, acredita.
A visibilidade nacional e o fato de não ter se inscrito e sim de ter sido indicada são componentes fundamentais para a pintora Alice Lara, 32 anos. Ela aponta que a indicação nasce da escolha de curadores e de um conselho que entendem a relevância do trabalho. Além disso, o prêmio tem um apelo popular, já que uma das fases é a votação on-line, aberta a todos os internautas. “E também é produzido um material legal para o artista que fica na plataforma deles”, aponta.
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