Diversão e Arte

Profissionais da dança se unem e pedem socorro ao governo

Por meio do coletivo União Nova Dança, a categoria enviou uma carta ao GDF reivindicando recursos direcionados para essa classe artística especificamente

Correio Braziliense
postado em 19/05/2020 10:20
Artistas da dança, como o Ballet Mônica Maia, buscam ajuda em meio à pandemia
O meio artístico sofre com a pandemia do novo coronavírus. Sem condições de funcionar, 35 escolas e profissionais de dança do Distrito Federal se uniram e criaram o coletivo União Nova Dança, com a intenção de conseguir recursos governamentais e da comunidade.

Segundo a porta-voz do coletivo, Mônica Maia, bailarina, coreógrafa e diretora do Ballet Mônica Maia, escolas de dança localizadas no Recanto das Emas, em Santa Maria, Taguatinga e Ceilândia estão fechando as portas por falta de condição financeira para manutenção.

“A atual situação das escolas de dança no Distrito Federal é de muito desespero. São atividades em que recebemos pelo mês de trabalho, e a maioria das escolas não têm reserva financeira, por se tratar de prestação de serviços e contar apenas com quem está matriculado. Em momentos de crise, a primeira coisa que as pessoas fazem é cancelar as atividades extracurriculares, que, no entendimento delas, não é algo fundamental”, comenta Mônica.

Uma das saídas para conter a crise são os editais e decretos governamentais publicados. Entretanto, segundo o grupo União Nova Dança, as escolas de dança não se incluem em nenhuma categoria e, por conta das dívidas, também não conseguem créditos bancários. Apesar de a classe artística estar unida, os recursos não são suficientes. Funcionários demitidos e aluguéis atrasados são alguns dos problemas.

Com a situação agravada, os profissionais de dança clássica, moderna, contemporânea, de salão, árabe, de sapateado, jazz, urbana e popular redigiram uma carta, encaminhada ao Governo do Distrito Federal (GDF), reivindicando recursos direcionados para essa classe artística especificamente e solicitando retorno imediato como atividade de relevância fundamental para a sociedade, com cumprimento das medidas sanitárias. Além disso, fazem um apelo para que a população mantenha o pagamento dos serviços, se possível, com compensação em atividades futuras.

“Pedimos ao governo disponibilidade de fundos de apoio aos artistas da dança para que possam se recuperar posteriormente e consigam viver neste momento. Para a comunidade, que ajudem a manter as escolas e a arte da dança vivas”, apela Mônica.

Segundo a assessoria da Secretaria de Cultura (Secec), os editais não são produzidos de forma específica para cada arte. Em 2020, três editais foram abertos, sendo dois com direcionamentos para a pandemia e para artistas que contam com o Cadastro de Entes e Agentes Culturais (CEAC). Sobre a questão da reabertura dos locais, a assessoria informou que a decisão cabe ao governador e ao Buriti.

*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira

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