Correio Braziliense
postado em 29/05/2020 18:39
Realizado há 10 anos no Distrito Federal, de forma itinerante, o festival Hip Hop Contra a Fome sempre teve o objetivo de ajudar quem precisa e romper estigmas e barreiras em relação ao hip-hop. Neste período de pandemia, isolamento e necessidades, os organizadores não se furtaram à missão e anteciparam o evento, que ocorreria só em outubro, para este sábado (30/5), a partir das 18h, pelo canal do grupo Guindart 121 – uma das atrações.
Para proporcionar um bom espetáculo e garantir a segurança de todos os envolvidos, as produtoras 14K Produções e Synapse Produções, responsáveis evento, garantirão uma megaestrutura de som e iluminação, com um telão gigante, e toda a infraestrutura de segurança, incluindo bombeiros, brigadistas, pontos de álcool em gel e até uma equipe de desinfecção, fornecida por uma empresa contratada. Para evitar aglomerações, os grupos devem chegar com, no máximo 15 minutos de antecedência, e deixar o local logo após a apresentação.
Quem abre os trabalhos, às 18h, é a banda Viela 17, que reverterá a parte das doações para os profissionais do backstage de Brasília, que, devido ao contexto, se encontram sem trabalho. O cantor Japão se apresentará junto ao VJ Jean Carlos e a DJ Gabij, com o suporte do técnico de som Felipe Grilo.
O repertório, enxuto, contará com grandes clássicos do grupo, enquanto no telão serão exibidos os clipes do projeto Suspiro Cultural, além do lançamento inédito do novo clipe da série, com convidados especiais. “O show será todo baseado nesse momento de pandemia, voltado para a conscientização do povo de comunidade, do povo de periferia, do Brasil todo sobre a importância do isolamento social. Vai ter um momento em homenagem às vítimas do coronavírus”, adianta.
Já banda Guindart 121, um dos maiores nomes do hip-hop nacional, com 11 álbuns e mais uma dúzia de hits no currículo, hospedará o evento no canal do YouTube devido ao sucesso das lives anteriores do grupo e do grande alcance dos canais digitais. De acordo com Daher, MC fundador do grupo, a última live contabilizou mais de 60 mil espectadores no YouTube, mais de 11 mil no Instagram e mais de sete mil no Facebook, arrecadando mais de 250 cestas básicas mil máscaras de proteção.
Para o músico, a meta agora é dobrar a arrecadação. “Nosso intuito maior é fazer uma bela arrecadação para este movimento pela cultura hip-hop”, afirma. “Hoje as pessoas ficam perdidas, amedrontadas dentro de casa, confusas, inseguras. As lives vêm para distrair, trazer um pouco de alegria. No Instagram, quando acaba a live, você não consegue nem ver as mensagens, de tanto que as pessoas mandam foto assistindo, cantando, dançando em frente à televisão, no carro, na garagem. A gente se sente contribuidor de fato para um pouco de lazer, mostrando para o sistema e para sociedade o tanto que a cultura é importante. Imagina a pandemia sem música, sem cultura? Seria um tédio horrível!", comenta.
A programação contará ainda com Dj Hércules, DJ Mano Mix, Dom Sagrado Rapper, Indio, DFC Rappers, Rivas e Ravel, Mury Subconsciente, HC3, Proceder da Fé, Digão e Cristian Silva, Pregadores da Paz e o grupo paulista Realidade Cruel, diretamente de São Paulo para contribuir com ação solidária. Nenhum dos artistas está recebendo cachê para se apresentar.
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel
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