Mulheres, crianças, homens
saltam, gritam no leito seco do
rio — como se houvesse água
transparente, cristalina.
Enxergam a água
que, disseram a eles, está ali.
Cortam os pés
— o doce que vem no
ar é do sangue.
Latas, garrafas,
palavras:
o lixo nos regenera.
Alberto Bresciani