Diversão e Arte

Bartolomeu Rodrigues ao CB Poder sobre festival: 'Não joguei a toalha'

Após anunciar cancelamento da 53ª edição Festival de Cinema de Brasília, secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal diz acreditar na realização do evento

Após a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal antecipar a notícia do cancelamento da 53ª edição do Festival de Cinema de Brasília à jornalista Ana Maria Campos, o assunto se espalhou rapidamente entre a comunidade artística. Em entrevista concedida ao CB.Poder - parceria do Correio com a TV Brasília -, nesta segunda-feira (8/6) ao jornalista Alexandre de Paula, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues, explicou a situação e demonstrou esperança em uma reviravolta.

“Nós não estamos fazendo isso pela nossa vontade, muito pelo contrário. Estou extremamente frustrado, nós estávamos trabalhando intensamente... Estamos trabalhando intensamente, porque eu ainda não joguei a toalha”, disse. Em seguida, fez um apelo para os artistas. “Tenho recebido muitas manifestações de associações, entidades, pessoas do mundo cultural e de fora que estão me colocando de pé no sentido de não deixar o festival morrer. E a minha resposta é: não vamos deixar ele morrer. Vamos dar as mãos e buscar criatividade, formas de viabilizar o festival. Acho que ainda é possível.”

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O secretário ressaltou a possibilidade de utilizar o Cine Drive-In para realizar o festival, bem como as plataformas on-line. Entretanto, ele disse que a questão monetária ainda é o principal entrave para que o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocorra em 2020. 

Além disso, Bartolomeu Rodrigues também falou sobre o setor cultural na pandemia, que sofre com a falta de atividades e de recursos financeiros para a manutenção dos trabalhos no futuro. “Nós não somos população se deixarmos a cultura em segundo plano. A cultura é fundamental, inclusive para a retomada do desenvolvimento, ela é alavancadora desse processo. Estamos solidários e na luta contra a covid-19, mas temos que compreender que a vida está seguindo para muita gente e, no setor cultural, o impacto da crise econômica está sendo muito forte”, pontua. 

Com foco nos editais liberados para a classe artística, a Secretaria de Cultura conta com a liberação das verbas disponíveis como um alento para quem sobrevive da arte. “Mas, sendo muito franco agora, recentemente foi aprovado um socorro emergencial (Lei Aldir Blanc) pelo Congresso, rapidamente aprovado pela Câmara e pelo Senado, mas que depende de sanção presidencial e de muitas negociações. Vamos esperar por isso até quando? Não sei até que ponto haverá sensibilidade de colocar esses recursos à disposição dos estados e municípios brasileiros. O Distrito Federal está pronto para receber, em vantagem, por ter um Fundo de Apoio à Cultura (FAC) constituído”, conclui. 

Segundo Bartolomeu Rodrigues, a Secretaria de Cultura conta com os editais FAC Conecta Cultura, que trata de propostas de apresentações virtuais, e o FAC Premiação. A previsão da liberação de recursos para atender essas demandas é entre julho e agosto. 
 
 

*Estagiário sob a supervisão de Adriana Izel