Diversão e Arte

Conheça Ruxell, Henrique Casttro e Tierry, nomes por trás dos hits do país

Conheça três nomes por trás de canções de sucesso com recordes de execução nos streamings e rádios, no cenário do pop brasileiro e da música sertaneja

Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 08:53
Os grandes hits do mundo da música ficam populares nas vozes dos intérpretes. No entanto, parte desses sucessos são de autoria de compositores que, pelo menos por um tempo, ficam nos bastidores. O Correio foi atrás de três nomes por trás de canções bastante executadas nos streamings e rádios, no cenário do pop brasileiro e da música sertaneja.

Henrique Casttro

Henrique Casttro

 
No mundo sertanejo, Henrique Casttro está entre os compositores mais requisitados. É dele o sucesso Liberdade provisória (Henrique & Juliano). Recentemente, na pandemia, Wesley Safadão gravou outro hit do compositor, Não valeu. A lista de canções no topo das paradas é extensa e passa ainda por faixas de Zé Neto & Cristiano, Jorge & Mateus, Lucas Lucco, entre outros. “Comecei a escrever com coração, com força de vontade e com intuito de contar minhas histórias. Componho todos dias. É mais transpiração do que inspiração. Me inspiro em histórias reais, coisas do cotidiano, coisas que as pessoas se identificam”, define.

Antes de se tornar compositor, Henrique queria mesmo era ser cantor. Mas foi o sucesso escrevendo hits que o levou a investir na carreira de intérprete, que teve início neste ano com Tá sofrendo porque quer, parceria com Henrique & Juliano. “Esperei ter bastante músicas no mercado para ter conteúdo e um currículo bacana”, explica.

Na quarentena, aposta nas composições e na preparação para a carreira de cantor. Depois da pandemia, lança o primeiro DVD, composto por repertório escolhido em dois anos e com produção de Eduardo Pepato, que trabalhou com Marília Mendonça.

Como tem sido esse período de quarentena, está mais inspirado?

Tem sido muito difícil para o lado artista, porque tinha acabado de lançar minha carreira. Mas para o lado compositor, tem sido bom. Tenho mais tempo agora. A gente freou toda a rotina de correria louca. Estou com mais tempo para criar, para estudar as composições, os instrumentos, o meu canto, para vir ainda mais preparado. A gente tem que ser três vezes melhores quando sair da pandemia.

Tem feito alguma composição que pode adiantar?

Nessa quarentena tiveram alguns artistas gravando já. Como o Wesley Safadão que lançou no meio da primeira live a música Não valeu. E fiz uma música para Israel & Rodolffo chama Prova de resistência e traz a história com a Rafa Kalimann (do BBB).
 
Ruxell
 

Ruxell


DJ e produtor, Ruxell é hoje um dos nomes constantes na concepção de canções de sucesso da música pop brasileira. Esteve envolvido nos principais hits de Iza — desde Pesadão até o mais recente Let me be the one — e também trabalhou com nomes como Francisco Gil, Ponto de Equilíbrio, Felipe Original e Jerry Smith.

A marca do artista é a versatilidade. “Acho que o principal é estar bebendo de todas as fontes de arte no geral, seja músicas de diversos estilos, seja as artes visuais. Acho que tudo isso está na nossa vivência como artista, criador, compositor e produtor. Por gostar de música boa, sempre me permito passear por muitos estilos. Fico feliz de suprir lacunas do mercado”, afirma.

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Outro ponto de destaque é a assinatura que inclui nas músicas: “Ruxell no beat”, para canções com batidas mais lentas, e “Ruxell beat envolvente”, nas faixas mais aceleradas. “Estava rolando uma tendência mundial de alguns produtores do hip-hop, do reggaeton de colocarem assinaturas que realmente faziam parte da música. Na música brasileira, não tinham feito isso ainda”, lembra.

Atualmente, Ruxell também investe na carreira como intérprete. O mais recente trabalho foi Mete dança, feito durante a quarentena. “Surgiu no intuito de trazer alegria para a galera de casa”. Após a pandemia, o artista pretende lançar o primeiro álbum solo, que já tem dois singles divulgados Paz, amor e grave, e Beat envolvente.

Na maioria dos projetos você trabalha com o restante dos meninos do Dogz. Como se deu essa parceria entre vocês?

A parceria com os Dogz surgiu de uma forma assim muito natural e muito benéfica. Considero como um grande presente do universo. A gente começou a trabalhar junto através do disco da IZA, Dona de mim. Fomos convidados para a gravadora para fazer uma imersão e músicas para a Iza e ver como funcionava. Graças a Deus nós três fomos o que tivemos mais afinidades. A gente foi se atraindo naturalmente e viu que além do disco da Iza, a gente poderia fazer esse formato de compor para artistas e funcionar de uma forma orgânica e que todo mundo sairia feliz no final. Daí após o disco da Iza a gente começou a cair no mercado e as coisas foram surgindo naturalmente. Normalmente a gente começa pelo beat, depois melodias e pensa no tema. Ou, às vezes, de acordo com o que o artista quer a gente faz o beat inspirado no tema. Basicamente esses são alguns passos que a gente faz no nosso processo.

Como você avalia o momento da música brasileira atual?

A música brasileira atual está vivendo um momento muito incrível do surgimento de grandes novos artistas, muita liberdade de de gêneros, de criações, de misturas, vendo também que tem muito circuitos que podem ser fomentados. Acredito que o momento atual está muito propício para você se desprender realmente dos padrões de mercado e focar na sua verdade. De fato, olhando de uma forma macro acho que o Brasil está num crescimento e se profissionalizando cada vez mais nesse quesito do mercado musical. Os clipes estão ficando com mais qualidade. Uma sonoridade mais profissional. Acho que é fruto da evolução mesmo.
 
Tierry
 

Tierry


O sucesso Amoreco, de Simone & Simaria, é uma das músicas mais tocadas nas rádios e também uma das composições de Tierry, que, no currículo tem hits no sertanejo gravados por Luan Santana, Gusttavo Lima, Jorge & Mateus, além de faixas no axé, por nomes como Léo Santana e Bell Marques, e no pagode, a exemplo de Turma do Pagode e Sorriso Maroto.

Tierry define as canções autorais como feitas “para o povo”. A inspiração para as canções é a vivência. “O importante é estar nos lugares e ouvir as pessoas. Sou um cara antenado em rede social e acho que todo compositor contemporâneo tem que ser”, completa.

Neste ano, Tierry se dedicaria a carreira própria de intérprete. Teve vários shows cancelados. Em casa, aproveita para compor e lançar singles. O próximo é Motoboy do delivery, inspirado no isolamento social, que sucede a já lançada Disfarçando bem.

Você é o nome por trás de grandes sucessos da música sertaneja. Como você começou a escrever canções para os grandes artistas?

Eu fazia música para o axé, para a suingueira, forró, as coisas mais voltadas aqui para o Nordeste e coloquei uma música numa dessas bandas que estava começando. Coloquei Vai vendo numa banda pequena do Nordeste, da Bahia. O Lucas Lucco veio atrás da música. Na época, comprou com exclusividade e foi aí que comecei a colocar músicas no sertanejo. A partir daí não parei mais: Os anjos cantam (Jorge & Mateus), Agora eu me curei (Simone & Simaria), Meu coração é seu (Luan Santana e Claudia Leitte), O recado (Luan Santana)... Foi basicamente isso, sem esperar, de repente eu estava botando música no sertanejo sem parar.

Para quem você tem feito composições no momento?

Fiz uma música para o Luan (Santana), Agora você não tá pronta para essa conversa. Recentemente, Amoreco, para Simon & Simaria, e Os boys amam, o ex chora, para o Jerry Smith com Simone & Simaria. Além das minhas músicas. Mandei músicas novas para Gusttavo Lima, Jonas Esticado e Wallas Arrais.

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  • Ruxell
    Ruxell Foto: InPress/Divulgação
  • Tierry
    Tierry Foto: Caldi Assessoria/Divulgação

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