Diversão e Arte

Branca Lescher poetiza a liberdade da mulher no novo álbum 'Eu não existo'

As composições têm estética próxima à da Vanguarda Paulista

Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 16:00
A cantora, compositora e poeta paulistana Branca Lescher lançou em meados de fevereiro o terceiro álbum da carreira, Eu não existo, disponível em CD e nas diversas plataformas e aplicativos de música. Sucedendo o álbum de estreia Intimidade e silêncio (2005) — uma coletânea de versões – e o primeiro autoral, Branca (2019), o novo disco chega com mais uma leva de composições da cantora, e com produção e arranjos de Marcelo Segreto, cujo trabalho é preponderante no resultado final do disco, de acordo com a própria autora.

As 12 canções do álbum, que abrem com a faixa título, abordam aspectos e reflexões sobre o universo feminino, com tom de crônica sobre o corriqueiro, com grande valorização da palavra e estética semelhante à de artistas como Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção. De fato, o cenário da Vanguarda Paulista, cujos shows Branca frequentava na adolescência, são influência assumida da compositora.

Canções como Antes de mim, O dia da mulher, Bigode chinês, Dia das mãe e, Violeta, a maioria feita em parceria com Segreto ou com Edmiriam Mandolo, exaltam a autonomia e a liberdade da mulher de forma espirituosa e, às vezes, provocativa, com moldura de arranjos de cordas quase minimalistas. Já Taj Mahal e Lisboa têm temática amorosa, e Je Suis Nelson Mandela espelham a admiração de Branca pelo líder negro sul-africano.

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