Diversão e Arte

Canto por direitos

A cantora IZA utiliza da grande influência com público para promover reflexões a respeito de questões humanitárias e raciais

Correio Braziliense
postado em 20/06/2020 04:16
IZA faz parte da campanha #BeTheOne, criada pela Organização das Nações Unidas 
em parceria com a fundação Humanity Lab


Nas primeiras semanas de isolamento, a cantora IZA relembra que teve muitas dificuldades em reorganizar a rotina e controlar a ansiedade. “Não estava conseguindo ser muito produtiva. Agora, eu tenho gravado conteúdo, feito música e produzido em casa”, conta a artista.

Ela comenta que tem focado em recriar hábitos esquecidos por causa da grande carga de shows, como desenhar, organizar a casa e aproveitar a companhia do marido, Sérgio Santos. “Eu estou sozinha em casa com meu marido e isso tem sido maravilhoso. Estamos vivendo só nós dois. Eu sei que a quarentena tem tido efeitos diferentes na vida de cada um, mas, graças a Deus, no meu caso, tem sido muito positivo agora”, diz a cantora pop.

A fim de manter os compromissos profissionais ainda que em isolamento, IZA tem investido em lives. Hoje, elafará uma apresentação on-line, às 20h, com Gilberto Gil. Essa é a primeira apresentação dos dois em parceria e será veiculada pela conta oficial da Mastercard no YouTube. “Além de entreter, eu penso que é momento de pensar na missão de levar informação e impactar no social”, comenta IZA.

Luta

Por trás da voz de grandes hits, como Pesadão e Dona de mim, há também uma personalidade engajada em causas raciais e humanitárias. IZA, recentemente, lançou Let me be the one, colaboração entre a cantora e o norte-americano Maejor. A música é tema da campanha #BeTheOne, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a fundação Humanity Lab.

A intenção do projeto é difundir conhecimentos sobre temas relacionados às condições de vida de refugiados. Além disso, a campanha #BeTheOne propõe intensificar o trabalho e o estudo sobre novas políticas voltadas para a população nessa situação.

Ainda focada em temas que discutam o papel do ser humano na sociedade, IZA tem aprofundado os debates em questões de preconceito racial e em a representatividade da mulher. Para ela, influenciar outras pessoas é um compromisso assumido com muito empenho enquanto mulher, preta e periférica. “Eu sei que as pessoas se calam e pensam antes de falar as coisas na minha frente, mas o racismo existe. Como mulher preta, mais ainda. Me sinto feliz em inspirar outras meninas, e mandar mensagens que eu queria ter ouvido quando era mais nova”, sustenta a artista.

IZA explica ainda que, para um artista efetivar a função de impactar a sociedade, é necessário debater, questionar e problematizar temas vigentes na população. “Nós, artistas, temos a obrigação de refletir sobre o momento em que vivemos e sempre foi assim. A música é imortal e reflete o momento político e social de cada era”, completa.

*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira
 
 

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