Anunciada pela Hollywood Reporter, com a confirmação de agentes próximos ao cineasta, a morte de Joel Schumacher, aos 80 anos, foi atribuída aos efeitos de um câncer, enfrentado pelo artista, há mais de ano. Dono de uma filmografia diversificada, e com pouca credibilidade junto à crítica (apesar de ter tido
dois filmes selecionados para o Festival de Cannes: Um dia de fúria e 8mm, ambos com doses extra de violência), o diretor respondeu por muitos sucessos populares, especialmente, nos anos 90.
Foi pelas mãos de Schumacher que Julia Roberts reafirmou o talento em produções como Linha mortal (1990) e Tudo por amor (1991), que atordou muitas pessoas dada a persistente trilha sonora que trouxe sucesso para o saxofonista Kenny G. Joel
Schumacher depontou para o mundo do cinema, nos anos de 1970, quando assinou figurinos para longas de Woody Allen e para O mágico inesquecível, musical de 1978, longa que trouxe Diana Ross e Michael Jackson no elenco. Até chegar à direção, Schumacherassinou roteiros em Hollywood.
Ainda que tenha conduzido fitas como O primeiro ano do resto de nossas vidas, repleto de astros de meados dos anos de 1980 e Os garotos perdidos (1987), o cineasta amargou muitas críticas dadas as investidas em aventuras, especialmente as protagonizadas pelo Homem-Morcego dos quadrinhos: Batman eternamente (1995) e Batman e Robin (1997). Das vestimentas repletas de apelo sensual e erotismo ao colorido exagerado, pouco foi valorizado pela legião de admiradores das HQs.
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Para além dos musicais (entre os quais, O fantasma da ópera, de 2004) e dos filmes de terror (vale lembrar que em 8mm, com Joaquin Phoenix, se falava de snuff movie, em que, sem encenações, o cinema traz imagens de crimes) do porte de Número 23, com Jim Carrey, Schumacher ainda celebrou os dramas de tribunal. Em Tempo de matar, protagonizado por Sandra Bullock e Samuel L. Jackson, pesou o exame de crimes racistas, numa trama transcorrida no Mississippi. Outros longas de importância na carreira do cineasta foram O cliente (1994), que rendeu indicação ao Oscar para a atriz Susan Sarandon, e O custo da coragem (2003), estrelado por Cate Blanchett, e baseado na vida da jornalista Veronica Guerin.
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