Diversão e Arte

Menina de 10 anos compõe música sobre o movimento Black Lives Matter

O vídeo de Naima Nascimento interpretando a canção 'BLM', sobre violência e racismo, gerou repercussão nas redes sociais

Naima Nascimento, aos 10 anos, escreveu uma música falando sobre recentes mortes e violência contra pessoas negras. No mês de junho, a mãe da menina, Sequoia Chappellet-Volpini, postou um vídeo nas redes sociais, em que Naima canta a composição e toca ukulele. O clipe foi visto um milhão de vezes apenas no Facebook.

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Na canção com título BLM, sigla em referência ao movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), a menina canta sobre as mortes de George Floyd e Ahmaud Arbery e a discriminação violenta contra negros.  

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“Ele estava apenas usando dinheiro,/ quando outra pessoa chamou a polícia/ então o policial o colocou sob o joelho/ e suas últimas palavras foram ‘Eu não consigo respirar/ Ele só estava dando uma corrida,/ quando um homem branco e seu filho, o perseguiu e puxou uma arma/ apenas um tiro e sua vida se foi/ Eu não posso te mudar, você tem que mudar você mesmo/ eu gostaria de te ajudar, mas eu sou como todo mundo/ a pele pode ser mais escura, mas a minha alma é brilhante/Só por um momento você poderia ver o mundo pelos meus olhos”, canta Naima, em inglês. 

Na postagem do Instagram, Sequoia escreveu que a filha havia mandado o vídeo uma semana antes, e que aquilo era um rascunho da resposta dela aos eventos recentes. “Eu sou tão grata que ela tem essa forma de expressão como um jeito de processar o que ela está sentindo e experimentando”, escreveu a mãe na publicação. E completou: “Estou tão orgulhosa e completamente triste também por essa ser a música que ela está escrevendo com 10 anos”. 

Patrisse Cullors, cofundadora do movimento Black Lives Matter, em entrevista à Rolling Stone EUA, destacou a importância da união entre a arte, o protesto e o movimento por justiça racial. “A arte cria uma visão, uma esperança e nos fortalece. Nós não podemos esquecer que o trabalho que fazemos como artistas tem que se profundamente alinhado com os movimentos que estão pedindo para os artistas serem alguns dos visionários nesse processo”, explicou Patrisse.