Diversão e Arte

Relembre grandes obras de Vinicius de Moraes

Esta quinta-feira (9/7) demarca os 40 anos da morte do artista

Correio Braziliense
postado em 09/07/2020 12:40

Quatro décadas sem Vinicius de Moraes

 

 

Há exatos 40 anos, em 9 de julho de 1980, faleceu o poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cantor e compositor brasileiro Vinicius de Moraes. Conhecido por ser boêmio, o que o levou a ser afastado do Itamaraty em 1969, Vinicius notabilizou-se pelos sonetos, em poemas líricos, que o rendeu o apelido de “Poetinha”, atribuído por Tom Jobim.

 

 

 

Moraes tinha a poesia como maior vocação, mas no campo musical, o Poetinha tem 599 canções e 484 gravações cadastradas no banco de dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Nas músicas, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.

 

 

 

 

A canção mais tocada nos principais segmentos de execução pública, como rádio, sonorização ambiental, casas de festas, carnaval, festa junina, show e música ao vivo, entre de 2015 a 2019, segundo levantamento do Ecad, foi Garota de Ipanema, composta juntamente com Tom Jobim.

 

 

 

 

A música foi composta em 1962, com a letra foi inspirada na a apresentadora, empresária e ex-modelo Helô Pinheiro. A canção projetou a bossa nova internacionalmente. Em 1963, Garota de Ipanema ganhou uma versão em inglês feita por Norman Gimbel. The girl from Ipanema já foi cantada por Frank Sinatra, Cher, Madonna, Amy Winehouse, entre outros artistas.

 

 

 

Chega de saudade figura em segundo lugar no ranking do Ecad. Também feita ao lado de Tom Jobim, a obra se tornou um grande marco da parceria entre os dois músicos. Foi gravada pela primeira vez em 1958, na voz de Elizabeth Cardoso e é considerada o primeiro registro fonográfico da bossa nova. Em 1959, ganhou uma versão na voz de João Gilberto, que é a mais conhecida até hoje.

 

 

 

A amizade e parceria de Vinicius de Moraes com Tom Jobim, refletiu nas músicas. 10 das 20 canções mais ouvidas do Poetinha, foram compostas com Tom. Uma delas é Eu sei que vou te amar, que está na terceira posição. “Eu sei que vou te amar/ Por toda a minha vida eu vou te amar”. Esses versos marcantes já foram interpretados por vários artistas, como Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Ana Carolina e Toquinho.

 

 

 

 

Toquinho também se tornou figura constante nas composições de Moraes. Aquarela e Tarde em Itapoã são as parcerias mais ouvidas até hoje. A primeira conta com a ajuda de Mushi e Guido Morra e tem início conhecido pela maioria dos brasileiros: “Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo/ E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo/ Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva/ E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva/ Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel/ Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu”.

 

 

O violonista Baden Powell também produziu sucessos com Vinicius, entre eles está Berimbau. A canção é fruto de uma viagem do violinista à Bahia, onde conheceu o mestre de capoeira Washington Bruno da Silva, o Canjiquinha, com quem teve oportunidade de conhecer mais sobre a cultura afro-brasileira.

 

Saiba Mais

 

 

 

Inspirado pelas visitas a terreiros de candomblé e rodas de capoeira, Baden compôs Berimbau, na qual reproduz cas harmonias do canto de capoeira e o som monocórdico do instrumento. A contribuição de Vinicius de Moraes mescla versos ideológicos como“O dinheiro de quem não dá / É o trabalho de quem não tem” e um refrão vibrante. 

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