Em meio a um momento histórico no mundo enfatizado por debates sobre a importância dos direitos civis e a visibilidade à população negra, o canal de tevê a cabo Trace Brazuca estreia em 25 de julho (sábado). No mesmo dia é comemorado o Dia da Mulher Negra-Latino Americana e Caribenha. A data reforça o intuito do canal de ampliar as vozes da população brasileira negra e periférica e de valorizar o movimento cultural afro-urbano.
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“A Trace Brazuca faz parte de uma jornada que era crucial e necessária para a história da mídia no Brasil, ela nasceu com o propósito de empoderar por meio do entretenimento”, conta José Papa, CEO da Trace Brasil.
Neste primeiro momento, o canal estará disponível nas operadoras Vivo e Claro, mas pretende expandir, inclusive, para a internet. O canal cultural com enfoque em música contará com 24 horas de programação e tem planos de promover obras de ficção e documentários de criadores negros, além de outros conteúdos voltados para a ciência, tecnologia, empreendedorismo, culinária e história africana.
Dentre as atrações da estreia estão entrevistas com grandes nomes da música e do cinema, como Elza Soares e Sabrina Fidalgo. “Entretenimento que tenha uma origem que os brasileiros não estão acostumados a vê todos os dias, nossas histórias não passam somente pela dor e pelas histórias que a gente vê normalmente”, pontua Ad Junior, head de marketing da empresa.
“É um passo muito importante no audiovisual brasileiro. A Trace não é o primeiro canal negro no Brasil, mas é o primeiro voltado ao afro-urbano, voltado a pessoas pretas e periféricas. Elas querem se ver e contar suas próprias histórias. O Brasil nunca teve esse lugar de criação de conteúdo de pessoas negras que não querem se ver de formas caricatas. Nós precisamos criar espaços para inclusão. É um sonho muito antigo”, completa.
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