Três gerações de amor pelo vinho formam a Casa Del Nonno, cuja tradução significa a casa do avô. Atualmente, Renato Mariot Damian e Matheus Damian, pai e filho, tocam a vinícola que fica no coração da cidade. Foi lá que se deu a elaboração do primeiro espumante da uva Goethe. Se tiver chance não perca a degustação do bom frisante durante um animado sunset ; evento que acontece uma vez por mês. O destaque é o espumante brut 100% Goethe. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta (das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) e sábado, das 8h às 12h, à rua Olivio Gealdini Mariot 79, em Urussanga.
Na comunidade de São Pedro, interior de Urussanga, a família Mazon, imigrante de Treviso, na Itália, iniciou a produção de uva e vinhos na década de 1970 e, 30 anos mais tarde, abraçou o enoturismo, oferecendo um lugar ideal para confraternizar, relaxar e degustar a boa comida e o bom copo. O cardápio não poderia ser mais saboroso: frango ensopado, feito no fogão à lenha; fortaia, que são ovos batidos à moda italiana misturados com queijo e galinha frita na banha com cebola alho, molho de tomate. Antes, porém, você degusta salada de folhas de radicchio estalando de frescas com molho pesto feito com nozes pecan.
Gizelda Mazon lembra que a propriedade já foi ;ponto de parada para descanso dos que íam em busca das águas termais de Gravatal, que fica a apenas 60 quilômetros;. Considerada a expressão máxima do terroir são os espumantes produzidos pelo método champenoise (ou tradicional) brut e demi sec Terrarra, além dos vinhos seco e demi sec Augusta, em homenagem à Augusta Debiasi, mãe dos fundadores da Vigna Mazon. Com diversos salões, no meio do parreiral, lá costumam ser realizadas festas de casamento, formatura, aniversários, congressos e cursos de degustação de vinhos e cozinha gourmet. Acesse www.mazon.com.br ou ligue (48) 3465-1227.
Casa de pedra
Natural de Nova Veneza, cidade próxima, o arquiteto Névton Vicente Rech Bortolotto é diretor de Cultura e Turismo de Urussanga, mas você poderá encontrá-lo no horário de refeições no restaurante Pirago, tocado por ele e pela mulher, no bairro do mesmo nome. Trata-se da primeira casa típica colonial edificada em pedra a partir de 1885 por imigrantes italianos provenientes de Pirago, região italiana de Longarone. O prédio, que conserva a beleza e a originalidade, guarda ambiente acolhedor graças à madeira de demolição usada no interior.
Lá se pode comer muito bem e barato. Por apenas R$ 60 são servidos cinco pratos entre as seguintes opções: risoto de alho-poró com palmito e linguiça; nhoque recheado de muçarela ao molho de 4 queijos; espaguete à matriciana; filé de frango com molho de aspargo; filé-mignon ao funghi e outras. Fica na Estrada Giovanni Baldessa, telefone (48) 3465-2907.
São Joaquim
O caminho mais bonito para Urussanga ; cidade que cultiva a tradição italiana e todos os anos realiza a festa Ritorno Alle Origini, este ano foi de 24 a 26 de maio ; é pela SC 114 atravessando a Serra do Rio do Rastro, conjunto de cânions de excepcional beleza localizados no município de Bom Jardim da Serra. É necessário, contudo, que o tempo esteja bom, com céu limpo, caso contrário cai a neblina e pouco se enxerga da paisagem.
São Joaquim, a região mais fria de Santa Catarina, a metros a nível do mar, é um terroir excelente para uvas francesas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir e Sauvignon Blanc. Ancorados nas lembranças do avô que produzia vinhos na região metropolitana de Curitiba, os irmãos Bassetti liderados por José Eduardo, engenheiro químico e editor, em 2008 deram início à produção da Villagio Basseti. ;Vamos fazer vinhos e bebê-los lendo livro;, brincava o editor, que fêz parceria com o turismólogo Eduardo Sobânia, da agência Na Trilha Certa, e oferece visita à vinícola; de bicicleta.
Ainda limitada a uma vinícola boutique, a empresa tem planos de construir nova cantina e um bistrô. Destaque para o Donna Enny, Sauvignon Blanc varietal que homenageia a mãe dos fundadores de 92 anos. Fica à margem da rodovia SC 114, km 295, a 11 quilômetros do centro de São Joaquim, também considerada a capital nacional da maçã. Além da fruta, é típica de lá Frescal, que é uma carne salgada desidratada naturalmente.
Do campo ao prato
A primeira imagem que o chef francês Jean Yves Poirey teve de Brasília foi no filme L;Homme de Rio, do diretor Philippe de Broca. O vermelho vivo da terra ficou marcado em sua memória. Mal sabia Jean que, algum tempo depois, esse elemento estaria presente em sua rotina, na cidade que agora o acolhe. Com mais de um ano de funcionamento, o B Hotel Brasília nomeia Térreo o restaurante onde Jean Yves estreia a culinária franco-brasileira que valoriza a produção local, sobretudo ingredientes de qualidade, vindos diretamente da fazenda para o prato.
Sucessor de, pelo menos três chefs, Poirey diz que não veio para modificar, mas para ressaltar outro aspecto da cozinha, que é mais voltado para o sentir, proporcionando uma experiência em que o cliente entra em contato com a força do sabor dos produtos puros e orgânicos que saem direto da terra para o prato. É que o hotel conta com produção própria de orgânicos, vindos do Sítio Samambaia que fica no Núcleo Rural Sobradinho II, distante apenas 23 quilômetros.
Os produtos cultivados lá são os protagonistas do novo cardápio, que traz pratos como filet au poivre, bacalhau à francesa e o filé de linguado. Com lançamento marcado para a próxima quinta-feira (21), o Térreo se torna uma opção para os que querem comer pratos clássicos, com toques modernos, em uma explosão de sabores onde a execução autoral de Jean Yves fará a diferença. O chef, que mora no Brasil desde 1981, trabalhou em Salvador e no Rio de Janeiro, onde conheceu a gastronomia local e a sazonalidade dos alimentos típicos da região. Telefone: 3962-2000.