postado em 27/12/2019 04:16
O Chile não tem apenas um grande vinho, tem dois. Uma semana depois do lançamento em São Paulo do Don Melchor 2017, o primeiro vinho premium do país que completa 30 safras, Brasília recebeu o enólogo Michel Friou que trouxe na bagagem o Almaviva safras 2007, 2016 e o 2017. Este último recebeu 100 pontos James Suckling, pelo seu espetacular blend com 65% Cabernet Sauvignon, 23% Carmen;re, 5% Petit Verdot e 2% Merlot. O vinho estagiou por 19 meses em barricas de carvalho francês, a maior parte de primeiro uso, o que lhe garantiu taninos mais suaves e macios, complexidade aromática e uma cremosidade que, conforme Friou, é uma característica desse grande tinto.
E como todo grande vinho, o Almaviva 2017 foi lançado, em setembro passado, na La Place de Bordeaux, a bolsa de negócios de vinho mais importante do mundo, em que os grandes rótulos são comercializados. Trata-se daquela categoria que compra as safras mais prestigiosas num mercado de futuros antes mesmo de ela ser engarrafada.
Embora venham do mesmo terroir ; Puente Alto, no vale do Maipo ; os dois vinhos têm produção diferenciada. Don Melchor é exclusivamente feito na Concha y Toro, enquanto Almaviva resulta de uma parceria entre a empresa francesa Baron Philippe de Rotschild e a chilena Concha y Toro. O nome também vem de uma obra francesa: Conde de Almaviva, o herói d;As bodas de Fígaro, famosa comédia de Beaumarchais, que mais tarde se transformou numa ópera do gênio Mozart.
Características
Elaborado com frutas menos maduras que as de outros anos, o Almaviva 2016 surpreendeu até o próprio enólogo, confessa Friou. ;Aquele ano, foi mais frio, com muita chuva em abril;, lembra o autor que colheu os frutos do trabalho quando o vinho entrou no top ten da Wine Spectator. Composto de Cabernet Sauvignon, 66%; Carmen;re, 24%, Cabernet Franc, 8% e Petit Verdot, 2%, o 2016 ;é acentuadamente elegante, aveludado e fiel aos que o antecederam no estilo e na precisão;, destaca a ficha técnica.
Tortelli de confit de pato com tangerina foi o prato sugerido pelo chef Marcelo Petrarca na harmonização dos vinhos que acompanharam, ainda, lombo de cordeiro com risoto de açafrão, tops do menu do Bloco C (211 Sul). Já o Almaviva 2017, saído de uma colheita em época mais seca e mais quente apresenta mais concentração de açúcares em sua assemblage de 64% de Cabernet Sauvignon; 28% de Carmén;re; 7% de Cabernet Franc e 1% de Merlot. Algumas garrafas estão disponíveis na Super Adega.
Duas grandes borbulhas brasileiras
Elaborado apenas em safras excepcionais, Miolo Millésime Brut 2015 recebeu cuidados que começaram no vinhedo de Chardonnay e Pinot Noir que são colhidas e selecionadas manualmente. Depois da fermentação na própria garrafa, o espumante envelhece por 18 meses nas caves subterrâneas e climatizadas da Miolo. Da colheita até chegar ao mercado foram três anos. Para o especialista brasileiro Jorge Lucki, o Miolo Millésime Brut 2015 foi um dos melhores do ano de 2019 do Novo Mundo. O ideal é degustá-lo entre 6;C e 8;C.
Com crescimento de 13% no faturamento e mais de 30% na venda de espumantes, a Cooperativa Vinícola Garibaldi amealhou, ao longo de 2019, 85 medalhas e menções em concursos no Brasil e no exterior. Pelo segundo ano consecutivo, a vinícola comemora a condição de marca mais premiada. Um dos responsáveis pelo desempenho é o Espumante Garibaldi Prosecco Rosé, primeiro da categoria no país e um dos pioneiros no mundo. Resulta da assemblage de Prosecco e Pinot Noir a bebida combina com saladas, sopas cremosas, peixes leves, frutos do mar e queijo.
Feliz Ano-Novo! Tim-tim!