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Na mira da polêmica

Correio Braziliense
postado em 03/01/2020 04:07
Novo longa de Clint Eastwood narra história de atentado em Olimpíadas
 
O caso de Richard Jewell desembarcou nos cinemas americanos carregado de polêmica e chega agora às telonas brasileiras com potencial para esquentar a discussão sobre o machismo em Hollywood. O novo filme de Clint Eastwood narra a história de um segurança que passou de herói a suspeito durante as investigações do atentado terrorista nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.

A bomba caseira que explodiu no Parque Olímpico durante o evento matou uma pessoa e deixou 11 feridos. Jewell identificou a bomba abandonada dentro de uma mochila antes que fosse detonada e conseguiu evacuar parte do local. Passou a ser tratado como herói até que uma repórter do The Atlanta Journal-Constitution publicasse uma matéria na qual revelava que a polícia e o FBI estavam, na verdade, de olho em Jewell enquanto suspeito.

O segurança nunca foi sentenciado e o carpinteiro Eric Rudolph assumiu a autoria dos atentados. Mas Jewell foi massacrado pela mídia. No longa de Eastwood, cujo roteiro foi escrito por Billy Ray, a repórter policial Kathy Scruggs, responsável pela matéria, aparece em cenas nas quais oferece sexo a agente do FBI em troca de informações. A sequência criou uma série de reações negativas, especialmente da mídia, que acusou Eastwood de colocar, em primeiro plano, o machismo de Hollywood e de difamar a repórter com os mesmos instrumentos que levaram Jewell a se transformar de herói em suspeito.

No filme, Scruggs é interpretada por Olivia Wilde, que decidiu explicar, nas redes sociais, sua visão da personagem. Segundo a atriz, a repórter tinha um envolvimento anterior com o agente, vivido por Jon Hamm, que era anterior ao atentado. O caso de Richard Jewell é baseado no livro O suspeito, de Kent Alexander e Kevin Salwen, que não chegam a desenhar Scruggs, que morreu em 2001, como uma repórter inescrupulosa.

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