Oscar renova cardápio

Correio Braziliense

postado em 06/03/2020 04:09

“Como é mágico ver surgir na folha branca de papel um palácio, um museu, uma bela figura de mulher”, escreveu Oscar Niemeyer, o genial arquiteto de Brasília, que só na cidade tem mais de 60 obras construídas, a maioria majestosas, algumas discretas e poucas polêmicas. Homenageado em livros, documentários, inúmeras capas de revista, o arquiteto também é nome de restaurante. Aberto em 2007 no piso térreo do Brasília Palace com vista para o lago e para a icônica piscina, Oscar Jazz e Cucina nasceu com uma pegada italiana. Mais tarde, teve forte influência francesa quando o chef Laurent Suaudeau passou a assinar o menu.

Há poucos anos, voltou a ser italiano e se chamar simplesmente Oscar, quase uma lenda que sempre fez apologia à mulher. Nada mais natural que a casa decida homenageá-las no mês de março “por meio de célebres personalidades brasilienses: Wilma Pereira (foto) e seu dom de empatia pelas causas sociais e Betty Bettiol com sua paixão pela magia da arte brasileira”. Também esta colunista figura no rol “pela força na cobertura dos fatos da capital”, justifica a direção da casa.

 

 

 

Cozinha italiana
Passas frescas são o destaque do menu, como o fettuccine, o nhoque e o ravióli, produção caseira. Cada uma das homenageadas elegeu um prato. Depois da salada caprese, na entrada, Wilma optou pelo nhoque de aipim salteado com cogumelos, tomate-cereja, ervilha-torta, rúcula e manjericão (R$ 49), enquanto Betty se deliciou com o filé de linguado que veio em forma de involtini com aspargos frescos, espaguete de pupunha e azeite de ervas (R$ 64). Eu me surpreendi com a parmegiana de carne branca: delicioso tempero no frango empanado ao molho pomodoro com fettuccine na manteiga de ervas (R$ 52).

Para quem não abre mão de saborear uma sobremesa, há boas opções: do tiramisù, que combina biscoito champagne mergulhado no café com mascarpone a minitorta de limão siciliano com crosta de suspiro caseiro ao sformatino de queijo branco com calda de frutas vermelhas ao preço médio de R$ 33. Reservas: 3306-9021.

Don León está chegando
O clube de restaurantes espanhóis de Brasília, que se resume a apenas dois — Rincón Iberico, na 109 Norte e o tradicional Calaf, no SBS – , vai ganhar em breve um importante sócio. Trata-se do Don León, fundado há mais de 50 anos pela família Perez y Fernandez, em São José do Rio Preto. Depois de funcionar no centro da cidade do interior paulista se mudou para o bairro Redentora (Rua Dr Raul Silva 579), sem nunca ter saído das mãos dos fundadores.

Incentivados por amigos da família, a herdeira Mariangelez e o marido Frederico vieram ano passado sondar o mercado quando se encantaram com a cidade e acabaram adquirindo do corretor André Gil o ponto da 112 Sul, Bloco A, loja 29, onde funcionou a Casa Doce. Depois de uma reforma básica, Don León abrirá as portas para servir entradas de lula à dorê, camarãono alho, ostra gratinada, carpaccio de lascas de bacalhau do Porto regadas com azeite, salsa, alho frito, rodelas finas de tomate e pão.

Além de famosas tapas de jamón; calamares em la plancha e polvo ao vinagrete com páprica, a grife oferece três paellas: frutos do mar, valenciana e com cauda de lagosta e a caldeirada espanhola, ícone da casa. “A ideia é inaugurar antes da Páscoa e por ocasião dos 60 anos da cidade”, afirma Gil. Desde a fundação, Brasília sempre contou com bons sabores espanhóis. Quem não lembra do Salamanca, de O Espanhol, do próprio Calaf quando era só restaurante e do La Torreta, do memorável chef Isaac Corcias? Que bom que vem outro!

Francês para todos
Primeira loja fora do eixo Rio-São Paulo, o Le BonTon desembarcou ontem no Taguatinga Shopping com o objetivo de democratizar a culinária francesa. A marca faz parte do Grupo Trigo, detentor das redes Spoleto e Koni, bem conhecidas do brasiliense. Quiches, saladas e sanduíches estão no menu do fast food de inspiração francesa nascido em 2018.